São Paulo, sábado, 05 de agosto de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Limpar imagem é a prioridade

DA REPORTAGEM LOCAL

Limpar a imagem do esporte. Essa é a prioridade dos praticantes e dirigentes do jiu-jitsu.
"As pessoas pensam que lutador de jiu-jitsu é arruaceiro. Ou que jiu-jitsu é a mesma coisa que vale-tudo. Eu sofro preconceito. Atrapalha na hora de arrumar emprego e até para namorar", disse um atleta que pratica jiu-jitsu há três anos e que prefere ter o nome mantido em sigilo.
O professor Celso Cavallini disse que parte da culpa pela imagem de "bad boys" é dos próprios atletas. "Todo mundo vê e lê notícias sobre as barbaridades praticadas por uma minoria dos praticantes. E é a imagem que fica", disse ele, que apesar disso recomenda o jiu-jitsu para crianças a partir dos oito anos.
"Como o judô, tão aceito pelos pais, o jiu-jitsu é uma arte marcial que ensina disciplina aos alunos. Mas os pais devem escolher com cautela a escola e o professor que serão os responsáveis por essa disciplina", afirmou.
Outro problema apontado pelos praticantes é o fato de se associar ao jiu-jitsu o uso indiscriminado de drogas anabolizantes.
"Não estou dizendo que não tem. Mas não são todos os praticantes que usam. Eu sou a favor da obrigatoriedade dos testes antidoping nos campeonatos. Isso inibiria o uso, além de mudar a imagem do esporte", disse Davi Pinheiro, 20, que compete pela Federação do Estado de São Paulo, que segundo a sua assessoria de imprensa informou, estuda a possibilidade de incluir o exame em seus torneios. (MR)


Texto Anterior: + Esporte - Pratique: Desfigurado, jiu-jitsu vira arma de gangues e passa a ser malvisto
Próximo Texto: Futebol nacional: Dia-a-dia dos clubes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.