São Paulo, segunda-feira, 05 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BOXE

Brasileiro bate nigeriano e faz provocações a campeão da federação internacional, contra quem deve lutar em 2003

Popó vence e prevê mais uma unificação

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

O brasileiro Acelino Freitas, o Popó, defendeu pela primeira vez na madrugada de ontem os cinturões unificados dos superpenas da Associação Mundial de Boxe e Organização Mundial de Boxe e reafirmou que deseja anexar mais um título da categoria, o da Federação Internacional de Boxe.
No Dodge Theatre, em Phoenix (EUA), com um público de 2.402 pessoas, o brasileiro derrotou o primeiro do ranking da OMB, o nigeriano Daniel Attah, 23, por 117 a 110. Esta é a terceira luta consecutiva que o pugilista vence por pontos. Anteriormente, Popó, 26, havia definido todos os seus combates antes do limite, por nocaute.
Com o resultado, Popó permanece invicto, com 32 vitórias e 29 nocautes. O cartel profissional de Attah registra agora 20 vitórias, 8 nocautes, 1 derrota e 1 empate.
""Agora queremos Steve Forbes [o campeão dos superpenas pela Federação Internacional de Boxe]. Já tivemos canhotos o suficiente ", afirmou o brasileiro, em uma alusão ao fato de Attah e o adversário anterior de Popó, o cubano Joel Casamayor, a quem bateu em 12 de janeiro para unificar os cinturões, utilizarem tal postura nos combates.
Popó já havia manifestado durante a semana sua intenção de unificar mais títulos ao comentar durante teleconferência que um dos maiores objetivos de sua carreira é ser campeão pelo Conselho Mundial de Boxe, cujo cinturão está vago no momento.
O promotor do brasileiro, o norte-americano Arthur Pelullo, já iniciou conversas com o empresário de Forbes e planeja uma defesa voluntária (contra um desafiante à escolha da equipe do brasileiro) no início de 2003 e então um combate com Forbes.
Ontem Popó aplicou pressão sobre o rival durante quase toda a luta. Os melhores golpes de Attah eram contra-ataques com a direita, que às vezes acertavam a cabeça de Popó. O combate foi marcado por nervosismo, por causa de faltas cometidas pelos pugilistas, que culminaram com o desconto de um ponto do brasileiro no décimo assalto por conectar um golpe abaixo da linha da cintura.
Diversas vezes Popó reclamou de cabeçadas do adversário e por este ter tentado segurá-lo pela nuca e pisado em seu pé. Já o brasileiro chegou a golpear Attah enquanto o árbitro tentava separá-los, além de ter acertado outros socos abaixo da linha de cintura.



Texto Anterior: Ronaldo insiste em sair da Inter
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.