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São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2003

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Daniele ganha bronze, e ginástica tem último dia para cumprir show

Antônio Gaudério/Folha Imagem
A ginasta Daniele Hypólito comemora a medalha de bronze obtida ontem no individual geral


DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Ficou para hoje o show de medalhas que a ginástica disse que conseguiria no Pan-Americano.
Antes dos Jogos, Vicélia Florenzano, presidente da confederação brasileira, previra que o Brasil conseguiria 12 medalhas na ginástica artística em Santo Domingo.
Ontem, Daniele Hypólito, 18, obteve a terceira ao ficar com o bronze no individual geral feminino. Foi a primeira medalha do país nessa prova em um Pan. O ouro e a prata ficaram com as norte-americanas Chellsie Mennel e Nastia Liukin, respectivamente.
No sábado, o país ganhou duas medalhas por equipes, prata no masculino e bronze no feminino.
Hoje os brasileiros têm a última chance na modalidade, com a disputa das provas por aparelhos tanto no masculino quanto no feminino, competições que começam às 13h e às 19h de Brasília. Ao todo, serão 30 medalhas em jogo.
A partir de sexta, o país começa a disputar a ginástica rítmica.
Apesar de nos três primeiros dias os ginastas não terem se saído tão bem como a confederação previra, o bronze de Daniele foi muito comemorado ontem. "Foi muito especial, uma coisa bem importante para mim e para o Brasil. Foi a primeira medalha individual geral, e acho que abri uma porta", afirmou a atleta.
"Independentemente da ordem [das provas, porque o solo, especialidade da atleta, foi o último aparelho do programa], estava bem preparada,", afirmou.
Em Winnipeg, Daniele já havia sido a ginasta brasileira mais bem colocada -ficara em décimo lugar e ainda ganhara o bronze por equipes. No sábado, no cômputo durante a prova por equipes para hoje, ela já ficara em terceiro.
"Dei tudo de mim, seria muito difícil ter ficado com a prata", declarou Daniele, após receber o bronze. Ela conseguiu 37.149 pontos. As norte-americanas, que não integram o time A de seu país, obtiveram 37.962 e 37.874 pontos.
Geni Hypólito, mãe da ginasta, acompanhou a prova. Como já havia ocorrido na exibição da equipe masculina, no sábado, quando Diego, um de seus três filhos, competiu, ela ficou a maior parte do tempo muito tensa, com os olhos abaixados, rezando.
Eliane Martins, chefe da delegação brasileira, uma das que mais reclamaram da equipe feminina, indignada com o bronze de sábado, ontem estava mais tranquila.
"Senti que a Dani iria ganhar quando vi uma mariposa no quarto dela. Era sinal de sorte, um bom presságio", comentou a dirigente, que comemorou muito o bronze no ginásio. (EO, GR E JCA)


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