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São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2003

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AUTOMOBILISMO

Escuderia já trabalha no modelo que é visto como salvação

Após humilhação, Ferrari lançará novo carro na Itália

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A HOCKENHEIM

Humilhada pela Williams em Hockenheim, prestes a perder as lideranças entres os pilotos e os construtores, a Ferrari prepara uma tentativa de contragolpe.
Situação inimaginável há algumas semanas, quando Michael Schumacher ainda declarava que o F2003-GA era o melhor carro produzido na fábrica de Maranel-lo, a escuderia lançará uma versão B do modelo no GP da Itália.
O novo carro já está sendo finalizado e será testado pela primeira vez nos dias 3 e 4, em Monza. Caso prove ser mais rápido que o atual, será a aposta ferrarista nos dois últimos GPs: EUA (28 de setembro) e Japão (12 de outubro).
Não sobrará quase nada do atual modelo. O F2003-GA-versão B trará uma nova aerodinâmica, um motor mais potente e com menor consumo de gasolina e estreará uma nova geração de pneus, que está sendo elaborada em conjunto com a Bridgestone.
O principal problema da equipe nas últimas provas foi o motor, que consome muito em regimes de alta rotação. Isso reduz a flexibilidade da Ferrari no momento de traçar as estratégias para as corridas, algo fundamental nas conquistas dos últimos três anos.
Paolo Martinelli, engenheiro responsável pela área, está trabalhando em tempo integral para entregar até o teste em Monza um propulsor que corrija esse defeito.
Em Hockenheim, no último final de semana, a debacle ferrarista saltou aos olhos. O time, que venceu os últimos quatro Mundiais de Construtores, não ficou na frente em nenhum treino.
Na corrida, assistiu, impotente, a um passeio tranquilo da Wil-liams. Juan Pablo Montoya largou na pole, cravou as 13 voltas mais rápidas e ganhou o GP da Alemanha com folga de mais de um minuto em relação ao segundo, David Coulthard, da McLaren.
Schumacher foi o sétimo e, como consequência, viu sua vantagem na liderança do Mundial cair para seis pontos. Pior para ele, o novo vice-líder é justamente Montoya, piloto que mais cresceu na segunda metade do ano.
"Está bem claro agora que a Williams é nossa principal adversária", disse Schumacher, após a corrida. "Teremos que trabalhar duro nas últimas provas."
Na Itália, a derrota foi vista com preocupação. "Quando uma equipe perde com uma desvantagem tão grande, é sinal de que os problemas são muitos", escreveu o "La Gazzetta dello Sport", maior diário esportivo italiano.


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