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AUTOMOBILISMO
Escuderia já trabalha no modelo que é visto como salvação
Após humilhação, Ferrari lançará novo carro na Itália
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A HOCKENHEIM
Humilhada pela Williams em
Hockenheim, prestes a perder as
lideranças entres os pilotos e os
construtores, a Ferrari prepara
uma tentativa de contragolpe.
Situação inimaginável há algumas semanas, quando Michael
Schumacher ainda declarava que
o F2003-GA era o melhor carro
produzido na fábrica de Maranel-lo, a escuderia lançará uma versão
B do modelo no GP da Itália.
O novo carro já está sendo finalizado e será testado pela primeira
vez nos dias 3 e 4, em Monza. Caso prove ser mais rápido que o
atual, será a aposta ferrarista nos
dois últimos GPs: EUA (28 de setembro) e Japão (12 de outubro).
Não sobrará quase nada do
atual modelo. O F2003-GA-versão B trará uma nova aerodinâmica, um motor mais potente e com
menor consumo de gasolina e estreará uma nova geração de
pneus, que está sendo elaborada
em conjunto com a Bridgestone.
O principal problema da equipe
nas últimas provas foi o motor,
que consome muito em regimes
de alta rotação. Isso reduz a flexibilidade da Ferrari no momento
de traçar as estratégias para as
corridas, algo fundamental nas
conquistas dos últimos três anos.
Paolo Martinelli, engenheiro
responsável pela área, está trabalhando em tempo integral para
entregar até o teste em Monza um
propulsor que corrija esse defeito.
Em Hockenheim, no último final de semana, a debacle ferrarista
saltou aos olhos. O time, que venceu os últimos quatro Mundiais
de Construtores, não ficou na
frente em nenhum treino.
Na corrida, assistiu, impotente,
a um passeio tranquilo da Wil-liams. Juan Pablo Montoya largou
na pole, cravou as 13 voltas mais
rápidas e ganhou o GP da Alemanha com folga de mais de um minuto em relação ao segundo, David Coulthard, da McLaren.
Schumacher foi o sétimo e, como consequência, viu sua vantagem na liderança do Mundial cair
para seis pontos. Pior para ele, o
novo vice-líder é justamente
Montoya, piloto que mais cresceu
na segunda metade do ano.
"Está bem claro agora que a Williams é nossa principal adversária", disse Schumacher, após a
corrida. "Teremos que trabalhar
duro nas últimas provas."
Na Itália, a derrota foi vista com
preocupação. "Quando uma
equipe perde com uma desvantagem tão grande, é sinal de que os
problemas são muitos", escreveu
o "La Gazzetta dello Sport", maior
diário esportivo italiano.
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