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OUTRO LADO
Copa ajuda investimento em outras áreas, dizem Estados
DE SÃO PAULO
Estados alegam que os
gastos em estádios da Copa
do Mundo de 2014 não afetarão áreas prioritárias. E defendem que, com o Mundial,
ganham investimentos federais e atraem negócios.
"Não existe esse confronto
entre Copa e outros investimentos", disse o governador
do Distrito Federal, Rogério
Rosso, explicando que a verba do estádio do DF sairá da
venda de terrenos públicos.
Em Pernambuco, o governo prevê receber R$ 8 bilhões
em verbas federais em infraestrutura com a Copa.
"Temos que ter o estádio
para obter dinheiro de outras
áreas", afirmou Silvio Bom
Pastor, um dos responsáveis
pelo projeto do Mundial.
"Liberamos a capacidade
de endividamento, pois não
usaremos o BNDES e investiremos em outras áreas", contou Tadeu Barreto, gestor da
Copa em Minas Gerais. Ele
ressaltou que, com a renda
do estádio, abaterá o preço final a ser pago à construtora.
A assessoria do governo
do Ceará alegou estar em curso um investimento em urbanismo de R$ 776 milhões.
Para o governo de Mato
Grosso, a Copa não é mais
importante do que educação
e meio ambiente. "Não significa a redução dos aportes a
esses setores. Pelo contrário,
o Mundial de futebol vai permitir uma indução econômica", afirmou a assessoria.
"Uma competição desse
porte aumenta significativamente o fluxo turístico, aquece a economia e gera negócios", reforçou a assessoria
do governo do Rio de Janeiro.
"Esta dicotomia [entre Copa e áreas sociais] não existe", explicou o secretário de
Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas, Marcelo Lima Filho.
"A sociedade será beneficiada como um todo."
Amazonas, Bahia e Mato
Grosso questionam os números do Tesouro para seus investimentos em gestão ambiental, habitação e policiamento: afirmam ser maiores.
"Em segurança pública,
por exemplo, foi aplicado
mais de R$ 1,8 bilhão no último ano", informou a Bahia.
A assessoria do Rio Grande
do Norte não retornou as ligações.
(RODRIGO MATTOS)
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