|
Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Equipe de Luxemburgo é dominada em Buenos Aires, e rival consegue revanche da Copa América
Argentina pressiona e vence Brasil
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
enviado especial a Buenos Aires
A Argentina venceu ontem o
Brasil por 2 a 0, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, e conseguiu vingar a derrota
sofrida na Copa América. Na ocasião, os brasileiros venceram por
2 a 1 um time argentino quase
sem atletas ""estrangeiros", eliminando o rival do torneio.
Os argentinos, que jogaram
com muitos ""estrangeiros" ontem, dominaram amplamente a
partida e poderiam até ter goleado. E continuam à frente no confronto direto entre as seleções ao
longo da história.
Os times voltam a se enfrentar
na terça-feira, em novo amistoso,
só quem em Porto Alegre.
Foi a terceira derrota sofrida pela seleção brasileira sob o comando de Wanderley Luxemburgo.
Nos minutos iniciais, o jogo ficou concentrado no meio-campo. Poucas chances de gol foram
criadas. Na melhor delas, Ronaldo recebeu livre e tocou no corpo
de Bonano, mas estava impedido.
A Argentina exercia forte marcação na saída de bola do Brasil,
dificultando a criação de jogadas
do time de Luxemburgo.
A partir dos 15min, os argentinos passaram a ameaçar insistentemente o gol de Dida. Aos 17min,
Vivas quase marcou de cabeça.
Verón, um especialista em cobranças de falta, quase fez dois
minutos depois dessa maneira.
O mesmo Verón, após tabela
com Ortega, abriu o placar aos
30min. O meia chutou de fora da
área fraco, no meio do gol, mas
Dida escorregou e acabou não
conseguindo fazer a defesa.
Aos 42min, a Argentina perdeu
grande chance. Sorín, livre na esquerda, cruzou para a área. Ortega, sozinho, não alcançou a bola.
Crespo chutou para fora.
No intervalo, Luxemburgo criticou sua equipe. ""Estamos aceitando a marcação. A Argentina
está obrigando nossos zagueiros a
dar chutão", disse o técnico.
No segundo tempo, entraram
Vampeta, Alex e Élber. O time
brasileiro melhorou, mas as melhores chances de gol continuaram sendo da Argentina.
Logo aos 4min, o zagueiro Ayala perdeu gol incrível de cabeça,
quase na pequena área.
Mais dez minutos e o segundo
gol argentino saiu. Após boa trama pelo lado direito da defesa
brasileira, González serviu Crespo. O atacante escorou a bola com
o gol quase vazio para marcar.
O Brasil tentou reagir. Quase
conseguiu aos 15min, com Marcos Assunção batendo falta.
Dois minutos mais tarde, Ronaldo recebeu passe de Cafu, ficou na cara do gol e chutou na trave direita de Bonano.
Cobrando faltas com perfeição,
Verón levava perigo ao gol de Dida. Aos 22min, o meia argentino
colocou a bola na cabeça de Ayala, o que se repetiria mais duas vezes até o fim do jogo. Dida teve
que fazer grande defesa.
Também de falta, Roberto Carlos arriscou aos 29min. Mas chutou por cima do travessão.
Élber, com um chute de bico aos
31min, e Antônio Carlos, ao pegar
rebote aos 36min, também ameaçaram o gol de Bonano.
Porém a Argentina esteve perto
do terceiro gol até o final. Crespo,
de cabeça, quase marcou aos
41min, após uma jogada ensaiada
em cobrança de escanteio.
Clima
O maior clássico sul-americano
não atraiu tanto a torcida argentina. Segundo a Associação de Futebol Argentino, 5.000 ingressos
não foram vendidos.
Os torcedores argentinos presentes cantavam hinos racistas
contra os brasileiros, que, em pequeno número, respondiam cantando "tetracampeão".
Antes do jogo, foi respeitado
um minuto de silêncio às vítimas
do acidente aéreo na última semana, em Buenos Aires.
Próximo Texto: Jogo é usado como propaganda política Índice
|