São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2010

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Mundial expõe dança de forças

VÔLEI
No Japão, times tradicionais mostram fragilidade ante surpresas


MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

O Mundial do Japão chega amanhã à sua segunda fase exibindo uma nova ordem de forças no vôlei feminino.
Entre as grandes potências, somente Brasil, EUA e Rússia fizeram jus a seus status na primeira fase e mantiveram a invencibilidade nas cinco primeiras partidas.
Já Cuba e China, que acumulam no total cinco títulos mundiais e cinco ouros olímpicos, penaram na Ásia para conseguir a classificação.
Neste mesmo cenário, times menos badalados, como Alemanha, Coreia do Sul, Japão e República Tcheca, emergem como azarões.
Principal força na década de 90, Cuba renovou profundamente sua equipe após os Jogos de Pequim, em 2008. Desde então, tem sofrido para manter os bons resultados.
Neste Mundial, a fragilidade da equipe, que registra a menor média de idade -20 anos-, ficou evidente com a derrota na estreia para a modesta Croácia, por 3 sets a 0.
As cubanas enfrentarão o Brasil no próximo domingo.
"Só temos quatro jogadoras experientes, mas elas têm falhado nos momentos decisivos. Seria bom se as mais jovens pudessem liderar a equipe, mas isso pode ser muito duro para elas", disse o técnico Juan Gala Rodriguez, que assumiu neste ano.
Assim como Cuba, a China é liderada por um treinador que está no comando há pouco tempo. Wang Baoquan, que conduziu as asiáticas ao quarto lugar no último Grand Prix, teve que abandonar o time após a competição alegando problemas de saúde.
Sendo assim, a seleção chinesa ganhou novo técnico, Yue Juemin, somente às vésperas do Mundial, o que acabou prejudicando a preparação da equipe. Isso se refletiu nas derrotas na primeira fase para a Turquia, a Coreia do Sul e a Rússia.
Após o revés contra a Coreia, o chinês admitiu que a equipe, reformulada, vinha sendo submetida a uma "pressão inimaginável".
Entre os azarões do campeonato, a República Tcheca foi a equipe que mais surpreendeu. Ocupando a modesta 38ª posição do ranking, a seleção superou a poderosa Itália e só foi derrotada pelo Brasil no tie-break.
"O vôlei na República Tcheca não é tão desenvolvido quanto no resto do mundo, mas acho que a nossa vitória sobre a Itália foi incrível", afirmou a oposto Aneta Havlickova, que, contra as italianas, marcou 34 pontos.
"Se repetirmos o nosso desempenho, nós podemos vencer qualquer outro time."
Já a Alemanha, que nem sequer esteve presente na última Olimpíada, fez uma primeira fase quase impecável, perdendo apenas para os EUA, uma das três maiores forças neste Mundial.
Na segunda fase, a equipe, comandada pelo italiano Giovanni Guidetti, é a terceira colocada do Grupo F e enfrentará o Brasil na terça.


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