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Montadoras chegam a acordo com Ecclestone e terão maior controle
DA REPORTAGEM LOCAL
O futuro da F-1 está garantido e
muito provavelmente nas mãos
das montadoras. A GPWC, empresa formada por BMW (Williams), DaimlerChrysler (McLaren), Fiat (Ferrari), Ford (Jaguar)
e Renault, deve adquirir boa parte
das ações da F-1 e desistir de organizar uma categoria própria.
Em comunicado divulgado ontem, Gerhard Gribkowsky, representante dos bancos que detêm
75% dos direitos comerciais da F-1, Juergen Hubbert, da GPWC, e
Bernie Ecclestone, homem-forte
da categoria, afirmam que fizeram progressos importantes para
a manutenção do esporte.
"Estamos felizes em informar
que entramos em um acordo sobre o futuro da F-1", diz a nota assinada pelas três partes. "O que
acertamos é o melhor para o interesse da categoria e de seus milhões de fãs no mundo."
Ainda segundo o comunicado,
até o final do ano será publicado
um memorando para esclarecer
como será a nova estrutura. É dado como certo que as montadoras
irão absorver as ações em poder
dos bancos, estabelecendo uma
nova divisão dos lucros e reduzindo, pelo menos em parte, o poder
de Ecclestone sobre a F-1.
Para as instituições -Bayerische Landesbank, JP Morgan e
Lehman Brothers-, o acordo seria um alívio. Com a quebra da
Kirch, empresa alemã que adquirira de Ecclestone três quartos do
bolo da categoria, herdaram ativos da ordem de US$ 1,6 bilhão.
Boa parte disso viraria pó se a F-1
perdesse seus principais times.
"Terão 75% de nada se não entrarmos em acordo", ameaçara o
presidente da Ferrari, Luca di
Montezemolo, no meio do ano.
Resta saber o que teria sido oferecido em troca para Ecclestone,
que tem um contrato de cem anos
com a FIA, órgão máximo do automobilismo, para gerir a categoria. Até ontem, ele não abria mão
de sua fatia nos lucros, superior à
de todos as escuderias juntas.
A GPWC foi criada em 2001 justamente para reclamar uma nova
distribuição do dinheiro movimentado na F-1. A criação do
campeonato paralelo seria uma
forma de forçar Ecclestone a liberar mais recursos para as equipes.
Sua primeira temporada seria
apenas em 2008 por conta do Pacto de Concórdia, contrato de 1998,
válido até 31 de dezembro de
2007, que rege todas as relações
comerciais na F-1. É esse documento que estipula, por exemplo,
quanto cada time recebe pelos direitos de TV, uma das causas de
insatisfação das montadoras.
Com agências internacionais
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