|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Com Parreira na coordenação, chances de Oswaldo de Oliveira crescem
Colegiado da CBF escolherá o novo técnico da seleção
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
O novo técnico da seleção brasileira será escolhido após reunião
de um colegiado na CBF.
O presidente da entidade, Ricardo Teixeira, quer se encontrar
com Américo Faria, Zagallo e
Carlos Alberto Parreira para, em
conjunto com eles, decidir o sucessor de Luiz Felipe Scolari.
A reunião só acontecerá depois
que o dirigente fizer o convite oficial para que o corintiano assuma
a coordenação das seleções, o que
deve acontecer até quarta-feira.
A intenção de Teixeira é acabar
de vez com a figura do "supertécnico" na seleção. A partir de agora, as decisões estratégicas serão
tomadas sempre em grupo.
Se Parreira aceitar mesmo o cargo, aumentam em muito as chances de Oswaldo de Oliveira ser escolhido para a vaga de Scolari.
Não são poucas as afinidades
entre os técnicos do Corinthians e
do São Paulo. É notória a admiração recíproca e, até no modo de lidar, os dois são parecidos: procuram ser polidos com a imprensa e
exercem a liderança sem lançar
mão de gritos e broncas públicas
aos atletas. Ambos, inclusive, já
manifestaram publicamente a intenção de trabalhar juntos.
Os outros membros do colegiado, o supervisor Américo Faria e o
assessor da presidência, Zagallo,
também são só elogios a Oliveira.
Outro que conta com a simpatia
do colegiado é Tite, mas o gremista tem menos chance.
Quem deve perder com a chegada de Parreira é o cruzeirense
Wanderley Luxemburgo. Os dois
têm relacionamento distante, e o
tetracampeão, reservadamente, já
fez restrições ao comportamento
de seu antecessor no Corinthians.
A formação de um colegiado
para escolher o técnico é inédito
nos 13 anos da gestão Teixeira.
Apesar de em outras oportunidades ter ouvido a opinião de pessoas de sua confiança, nunca o
presidente da CBF havia aberto
diálogo com os representantes da
comissão técnica para a "eleição"
do treinador. A mudança tem um
só motivo: Teixeira não quer ver
repetido o que considerou seu
principal erro na Copa-98, quando escalou Zico e Zagallo sem que
os dois tivessem identidade.
O mesmo aconteceu com Antônio Lopes-Luiz Felipe Scolari.
Com a seleção em crise, o vascaíno teve que "engolir" o gaúcho.
Resultado: enfraquecido, Lopes
chegou a ter sua demissão decidida pela CBF. O dirigente acabou
voltando atrás para não criar mais
uma crise às vésperas da Copa.
Desprestigiado, o vascaíno teve
papel secundário no Mundial-02.
Não palpitava na escalação, que
ficava a cargo de Scolari e de seu
escudeiro, Flávio Teixeira, o Murtosa. Era conhecido nos bastidores como "arroz" -só estava ali
para acompanhar.
Depois do penta, Lopes pediu
demissão. Teixeira não fez força
para que ele voltasse atrás.
Texto Anterior: Atletismo: Campeões da São Silvestre competem no Uruguai Próximo Texto: Memória: Clamor popular foi decisivo nas últimas escolhas Índice
|