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Governo injeta mais R$ 467 mi no Pan
Participação federal em Jogos no Rio cresce para R$ 1,28 bilhão, quase dez vezes a previsão inicial de gastos com evento
Medida provisória assinada
ontem por Lula irá destinar
R$ 154 milhões a centro de
inteligência para combater
crime organizado no Estado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com R$ 467 milhões liberados ontem, o volume de recursos do governo federal para organização do Pan-Americano
do Rio de Janeiro já chega a R$
1,284 bilhão. A competição será
realizada entre 13 e 29 de julho.
O valor é quase dez vezes
maior do que os R$ 135 milhões
de gastos orçados inicialmente
pela União para o evento.
Desse total, já foram desembolsados R$ 817 milhões.
Dos recursos liberados ontem por meio de medida provisória, que será publicada no
"Diário Oficial", R$ 313,5 milhões serão destinados a despesas com montagem de infra-estrutura e logística necessárias
para a realização do Pan.
Mais R$ 154 milhões previstos na MP assinada ontem pelo
presidente Lula serão destinados à instalação do centro de
inteligência compartilhada de
combate ao crime organizado e
às ações do plano de segurança.
O novo centro, além de atuar
no Pan, também servirá para
melhorar a segurança no Estado do Rio de Janeiro de forma
geral. Policiais da Força Nacional de Segurança vão reforçar o
trabalho para prevenir incidentes violentos durante o evento.
Segundo interlocutores do
governo, a previsão inicial era
de que a União teria uma participação bem mais modesta nas
contas do Pan. Governo do Estado do Rio e prefeitura arcariam com a maior parte.
Na prática, não foi o que
ocorreu. Fora o R$ 1,284 bilhão
assegurados até agora pelo Tesouro, o governo federal desembolsou mais R$ 260 milhões através de verba liberada
pela Caixa Econômica Federal.
Outras estatais como Petrobras
e Correios também investiram
na organização dos Jogos.
Apesar da boa vontade do governo, várias obras de arenas
esportivas para o Pan estão
com seus cronogramas atrasados, o que tem implicado custos
adicionais ao poder estatal.
A maior praça esportiva sob
responsabilidade do governo
federal, o Complexo Esportivo
de Deodoro, exemplifica disso.
Em março, o Ministério do
Esporte previa gastar R$ 45 milhões com as reformas. No mês
passado, a pasta refez as contas
e admitiu que os custos seriam
de no mínimo R$ 92 milhões.
As obras no Complexo do
Maracanã custará aos cofres
públicos R$ 252 milhões, quatro vezes o valor que estava previsto inicialmente, em 1999,
pelo governo do Estado do Rio.
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