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São Paulo, quinta-feira, 06 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Time ganha na Libertadores com gol de Liedson no 1º tempo; atacante é substituído no 2º, e torcida grita "Parreira"

Corinthians estréia com vitória magra

Juca Varella/Folha Imagem
Liedson, autor do único gol ontem, que pôs o Corinthians na liderança do Grupo 8 da Libertadores


DA REPORTAGEM LOCAL

Liedson, 25, dois jogos como titular, dois gols pelo Corinthians. Ontem, de cabeça, o atacante definiu a vitória magra do Corinthians sobre o Cruz Azul, na estréia do time na Libertadores.
Contratado no início do ano, o ex-jogador do Flamengo assumiu a vaga de titular deixada por Deivid, que se transferiu para o Cruzeiro na semana passada. O primeiro gol de Liedson pelo Corinthians foi contra o Botafogo, na última rodada do Paulista.
Eufórico com a marca de um gol por jogo, ainda que prematuramente, o atacante disse que pretende fazer com que os torcedores se esqueçam de Deivid, artilheiro corintiano na vitoriosa campanha de 2002, com 32 gols.
O herói corintiano, entretanto, causou a primeira rusga entre a torcida e o técnico Geninho, que o substituiu aos 32min do segundo tempo. Sob vaias para o treinador, o atacante cedeu seu lugar para o reserva Fumagalli.
Os torcedores não perdoaram a decisão do técnico, que foi chamado de "burro". Os torcedores também gritaram o nome de Parreira, que deixou a equipe em janeiro para assumir a seleção.
"A reação [vaias] do torcedor é normal. Ele [Liedson] é um artilheiro, veio credenciado para ser ídolo, mas a torcida tem que entender que ele também cansa. Não tem decepção", afirmou o treinador após o jogo.
Mas a "decepção" não foi maior do que a euforia torcedores, que até em faixa exposta nas arquibancadas do Pacaembu (Corinthians: Copa Toyota Libertadores) exprimiram o desejo de que o clube priorize o torneio continental, nunca conquistado pela equipe do Parque São Jorge.
Sem deixar de entoar gritos de apoio, a torcida, que não lotou o estádio -os ingressos nas numeradas no centro do campo custaram R$ 30-, pedia empenho e raça aos atletas, que não deixaram de atendê-la, apesar do mau desempenho nas conclusões.
O jogo foi aguerrido e truncado. Os mexicanos marcavam com sucesso as investidas dos corintianos, que também continham os ataques dos rivais sem dificuldade. Para passar o tempo, a equipe trocava a bola sem objetividade.
Pela esquerda, com Gil e Kléber, saíram as mais perigosas jogadas do time paulista. Assim, aos 14min do primeiro tempo, o lateral acertou um ótimo cruzamento para Liedson, que cabeceou com precisão e abriu o placar.
A marcação do Cruz Azul afrouxou, mas o Corinthians não se aproveitou. Nos 15 minutos seguintes ao gol corintiano, por três vezes os mexicanos estiveram próximos de empatar o jogo, mas não acertaram as finalizações.
Em todo o primeiro tempo, os jogadores do Cruz Azul chutaram seis vezes ao gol, mas não conseguiram acertar a meta de Doni. A pontaria dos corintianos foi melhor: também tentaram vencer Pérez seis vezes, mas acertaram um chute -o gol de Liedson.
Geninho e o técnico dos mexicanos mexeram bastante na equipe durante o segundo tempo, mas não conseguiram mudar o panorama da partida.
Ainda assim, foram os mexicanos que mais problemas causaram para os defensores corintianos. Duas vezes Doni foi obrigado a fazer boas intervenções para evitar o empate dos rivais. Primeiro, fez boa defesa num bate-rebate na área, quando interceptou a troca de passes de Cabrera e Julio Cesar. Na segunda vez, teve que sair com os pés depois de recuo de bola do zagueiro Anderson.
O próximo jogo do Corinthians na Libertadores será dia 19, em Montevidéu, contra o Fênix.


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