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Muricy força atletas em treino para melhorar mira do São Paulo
Com sete gols em seis jogos, técnico puxa orelha de lateral e "abusa" de meia
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Reasco tabela com Adriano e
cruza para cabeçada do camisa
10 ao gol. Joilson realiza o mesmo, mas a bola pára na defesa.
É hora de o técnico Muricy Ramalho começar a pedir mais
atenção ao lateral-direito.
"Capricha, Joilson! Não é para cruzar, é para passar!", disse
o treinador, aos berros. "Levanta a cabeça!", emendou.
No acerto do cruzamento e
no cabeceio preciso de Aloísio
para o fundo das redes, ambos
ganham os aplausos e os parabéns do "professor".
Essas são algumas das cenas
que o técnico são-paulino protagonizou com seu elenco no
treino de ontem pela manhã.
Durante mais de uma hora,
Muricy treinou exaustivamente o ataque e seus laterais para a
partida de amanhã contra o São
Caetano, no Morumbi.
Nas jogadas, Aloísio, Adriano
e Borges tinham de concluir
com perfeição os cruzamentos
dos destros Joilson e Reasco.
Jorge Wagner e Júnior eram os
encarregados de passar a bola
pelo lado canhoto.
E a preocupação de Muricy
com a pontaria não é à toa. A
ineficiência do ataque do time
do Morumbi tem feito a equipe
perder pontos importantes no
Campeonato Paulista. Em seis
rodadas, somente sete bolas foram parar nas redes adversárias do São Paulo.
Este tem sido o pior início de
temporada do time no século
21, sendo o ano de 2008 o único
em que o time não fez, no mínimo, dez gols em seis jogos.
"Falta entrosamento. A equipe teve mudanças, e o grupo depende de uma seqüência", disse
o atacante Borges, artilheiro do
time em 2007, com 13 gols.
Mas Borges não deve ser o escolhido no ataque da equipe para o jogo de amanhã.
Liberado pelo departamento
médico após ter sofrido uma lesão no púbis, Aloísio aponta como a opção preferida de Muricy. "Vou conversar com ele.
Se disser que está bem, vai para
o jogo. Caso contrário, começa
no banco", disse o treinador.
E, mesmo com a falta dos volantes Richarlyson e Hernanes,
na seleção brasileira, Muricy
deixa claro que não existe a menor possibilidade de o time ter
três atacantes na partida.
"Se fossem três e um deles
fosse um meia-atacante, como
era o Leandro, aí você pode fazer", explicou Muricy, lembrando que nenhum dos seus
atacantes tem característica
parecida com a do atleta que
voltava para armar as jogadas.
No treinamento de ontem,
além dos três atacantes do time, os meias Hugo e Carlos Alberto também tinham de afinar
a pontaria nos rebotes.
Carlos Alberto, aliás, foi duramente exigido, após o treino
com os outros atletas. Muricy
chutava as bolas, e o meia tinha
de correr e bater para o gol. "Estou morto", bufou o meia.
"Dele eu posso abusar, porque ainda não está 100% fisicamente", defendeu-se Muricy.
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