DO ENVIADO A MELBOURNE

Ele é amazonense. Estreante na F-1. E, ontem, era um dos únicos pilotos no paddock de Melbourne. Tudo isso transformou Antonio Pizzonia, 22, no personagem mais assediado pela imprensa às vésperas dos primeiros treinos para a abertura da temporada.
"Estou tranquilo, levando tudo isso numa boa. Mas é difícil acreditar que estou tão perto de realizar meu sonho", disse o novato.
Apelidado na Inglaterra de "Jungle Boy" (em inglês, garoto da selva), ele enfrenta com paciência a curiosidade da imprensa estrangeira sobre sua origem.
"Eles sempre fazem as mesmas perguntas. Querem saber como era minha vida quando morava em Manaus, esse tipo de coisa. Mas eu entendo. O Amazonas nunca teve tradição em nenhum esporte, e Manaus é um lugar diferente."
Sua história é mesmo um caso diferente. Pizzonia só começou no automobilismo porque ganhou um kart, presente de um amigo de seu pai. Sua primeira corrida foi com 9 anos, idade considerada avançada para os padrões atuais. E, como Manaus não tinha pista, ele viajava para São Paulo, aos finais de semana, para correr.
Sua trajetória só se encaixou no modelo "normal" quando ele mudou para a Inglaterra, ainda adolescente. Lá, ganhou títulos e começou a conquistar o destaque que o trouxe à F-1.
Além dele, o único estreante na categoria a aparecer ontem no circuito australiano foi o inglês Ralph Firman, da Jordan. (FSX)


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