|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NATAÇÃO
Pela primeira vez, representante do país será árbitro-geral numa Olimpíada
Brasil comanda provas em Sydney
da Reportagem Local
As provas de natação serão comandadas, pela primeira vez na
história dos Jogos Olímpicos, por
um árbitro brasileiro.
Ruben Dinard, 52, foi indicado
pela Fina (Federação Internacional de Natação) para o cargo de
árbitro-geral de Sydney-2000.
Dinard, que atua internacionalmente desde 1984, foi escolhido
em uma lista de 12 nomes.
""Essa indicação é uma prova de
prestígio da natação brasileira.
Pessoalmente, significa o topo da
minha carreira", afirmou Dinard,
que já participou de três Olimpíadas, nove Mundiais e quatro Pan-Americanos.
Dinard, que nadou apenas durante um ano no Fluminense, estreou como juiz de natação num
campeonato no Rio, em 1982.
""Um árbitro tinha faltado e, como eu já lia muita coisa, acabei assumindo. Desde então, passei a
fazer cursos específicos", afirmou
Dinard, que é vice-presidente do
comitê técnico e coordenador de
arbitragem da Fina.
O árbitro-geral da Olimpíada de
Sydney esteve presente nos dois
maiores problemas de arbitragem
envolvendo a natação brasileira
nos últimos anos.
Nos Jogos de Barcelona, em
1992, o placar eletrônico falhou na
prova dos 100 m livre masculino.
O primeiro resultado apontava
Gustavo Borges como o oitavo
colocado, com o absurdo tempo
de 1min02s04.
Depois de checar o vídeo da
prova, Borges foi declarado quarto colocado, empatado com Matt
Biondi, com 49s53. Somente na
verificação final, Borges garantiu
a medalha de prata, com 49s43.
""Naquele dia estava de folga,
mas acabei participando do episódio pois acompanhei a prova
numa mesa da área técnica", afirmou Dinard. ""A decisão do árbitro tinha que ser aquela mesmo:
definir a posição final com base
no vídeo da prova."
No Pan de Winnipeg, em 1999,
novo problema nos 100 m livre
masculino, dessa vez na largada.
A corda para paralisação da
prova, localizada nos 15 metros,
foi abaixada sem razão por um árbitro, que disse ter ouvido um
apito, e obrigou uma nova saída.
""Eu era o responsável pela provas femininas, mas acabei conversando com o Gustavo (que se machucou no incidente) e perguntei
se ele queria mais tempo para
uma nova largada. Ele me disse
que não era necessário."
Dinard informou que o responsável pelo erro continuou na
competição. ""Mas eu o chamei e
disse para não levantar de sua cadeira nem para espirrar."
Além de Dinard, o Brasil terá
Rodney Finizola como membro
do quadro de árbitros em Sydney.
Texto Anterior: CBA decide colocar culpa em empresa Próximo Texto: Vôlei: Superliga vê 2ª rodada do mata-mata Índice
|