São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2001

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Dupla encara saque-canhão

DOS ENVIADOS A FLORIANÓPOLIS

A Austrália escalou uma dupla para o confronto de sábado contra o Brasil com um estilo que incomoda muito Gustavo Kuerten.
Mesmo depois da boa campanha de Lleyton Hewitt e Patrick Rafter no Masters Series de Miami, quando os dois foram às semifinais nas duplas, o capitão John Fitzgerald optou por Wayne Arthurs no lugar de Hewitt para o confronto de amanhã.
Assim, com o veterano Jaime Oncins, Kuerten terá que responder um saque que frequentemente supera os 200 km/h, seu pesadelo recente no circuito.
Nas três vezes que perdeu em 2001 em jogos individuais, o brasileiro caiu diante de expoentes do estilo saque-canhão.
Na última temporada, foi eliminado no Aberto dos EUA justamente por Wayne Arthurs, que, segundo o último levantamento da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), era o terceiro jogador com mais aces em 2001.
"O meu saque pode dar a manutenção para a vantagem que a gente pode conseguir no primeiro dia", disse um confiante Arthurs, que é o 17º no ranking de entradas de duplas, a melhor posição de todos os tenistas que estão em Florianópolis. Oncins, no 39º posto, é o melhor brasileiro nessa lista.
Pelo equilíbrio nos jogos individuais, o confronto das duplas é tratado por atletas e técnicos como decisivo para a definição da série entre Brasil e Austrália.
Se assusta pela força do saque -Rafter é outro que tem bom serviço-, a dupla australiana perde, por muito, em entrosamento. Em 11 jogos pela Davis, o time formado por Oncins e Kuerten ficou com a vitória 9 vezes.
Já Arthurs e Rafter não jogam juntos desde janeiro do ano passado. Na principal competição por países do tênis, os dois escalados nunca atuaram juntos.
Segundo Ricardo Acioly, capitão do Brasil, a chance de Alexandre Simoni atuar ao lado de Oncins, como ocorreu contra o Marrocos, em fevereiro, no Rio, é pequena agora. "O Jaime e o Guga são a dupla número um do Brasil", disse. (PC e RA)

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