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Celebração de forasteiros rompe jejum do Pacaembu
Federação resolve fechar na capital, com os dois confrontos entre Paulista de Jundiaí e São Caetano, edição do Estadual que viu o fiasco tanto dos gigantes como dos nanicos da cidade
DA REPORTAGEM LOCAL
No aniversário de 450 anos da
cidade, o estádio que fez a história
dos tempos de ouro do futebol
paulistano vai receber um presente oferecido por forasteiros.
A federação confirmou ontem
que os jogos decisivos do Estadual
entre São Caetano e Paulista irão
acontecer no Pacaembu -o primeiro, às 16h, no próximo domingo. O segundo está marcado
para o dia 18, no mesmo horário.
Há muito tempo o Pacaembu
não sabe o que é ver um confronto válido por uma decisão.
A última vez aconteceu na edição de 1974, no primeiro jogo da
final daquela temporada, entre
Corinthians e Palmeiras. O segundo duelo foi no Morumbi. A última volta olímpica de um título
paulista no Pacaembu aconteceu
em 1972, com o Palmeiras, depois
de um empate com o São Paulo.
Praticamente confinadas ao
Morumbi a partir da década de
70, as decisões do Paulista fizeram
raras incursões pelo interior.
Em 1988, o Brinco de Ouro da
Princesa, em Campinas, viu o Corinthians triunfar. Dois anos depois, Bragantino e Novorizontino
decidiram o título em seus estádios. Por último, em 1995, com os
campos paulistanos cheios de
problemas estruturais, Corinthians e Palmeiras foram para Ribeirão Preto decidir o título.
Enquanto era desprezado no
torneio estadual, o Pacaembu
abria seus portões para a definição de disputas mais importantes.
Lá aconteceram, por exemplo,
as decisões dos Campeonatos
Brasileiros nas temporadas de
1994 (Corinthians x Palmeiras) e
1995 (Santos x Botafogo).
Dona do mando das finais, a federação optou pelo estádio da
prefeitura paulistana para tentar
faturar mais e driblar a suspensão
do estádio do Paulista, imposta
pelos incidentes no jogo das quartas-de-final com a Ponte Preta.
A indicação também serve como consolo para uma cidade que
planejou uma série de atividades
para celebrar seu 450º aniversário, mas que tem poucos motivos
para comemorar alguma coisa no
futebol em 2004.
Com exceção da edição de 2002,
que não teve grandes, todos os títulos paulistas a partir de 1991 ficaram com Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Agora, o time do
Parque São Jorge quase foi rebaixado, o do Parque Antarctica foi
eliminado nas semifinais, e o do
Morumbi caiu nas quartas. Pior
aconteceu com o Juventus, condenado à segunda divisão. A Portuguesa fez só papel de figurante.
O maior pesadelo
Se o Paulista nunca teve momentos inesquecíveis na elite no
Pacaembu, o São Caetano sofreu
lá a sua maior decepção.
Em 2002, na final da Libertadores, o clube precisava apenas de
um empate contra os paraguaios
do Olímpia para ficar com a taça.
O time acabou derrotado no
tempo normal e viu o sonho do
inédito título sul-americano acabar na cobrança de pênaltis.
Ninguém tem vantagem na final
do Paulista-04. Caso os dois jogos
terminem com os times empatados nos pontos e no saldo de gols,
o vencedor do campeonato será
definido nos pênaltis.
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