São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2011 |
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TOSTÃO As coisas vão e voltam
LUCAS FEZ um golaço no domingo. Por ser forte e não ter o hábito de cavar faltas, pouco cai, mesmo quando é tocado. Para ser um craque, Lucas precisa mostrar outras qualidades, que provavelmente já tenha. É questão de tempo. Lucas, como Montillo e Kaká, tem mais características de meia-atacante, ponta de lança, do que de armador. O meio-campo é lugar apenas para ele receber a bola e partir em direção ao gol. Não é lugar para ele ficar, construir e organizar os lances. Montillo joga mais próximo da área e é excepcional nos passes decisivos e nas finalizações. Por isso, Cuca, cabeça fresca, colocou Roger, típico criativo armador, para atuar e iniciar as jogadas no próprio campo, ao lado dos volantes. Os dois se completam. Roger é o antigo camisa 8, meia-armador. Montillo é o antigo ponta de lança, camisa 10. As coisas vão e voltam. Felipe, que tem jogado muito bem no Vasco, não se tornou, como Roger, o craque que prometia ser no início de carreira. Será que os dois foram prejudicados por atuarem em uma época em que se passou a valorizar muito mais os atletas de prancheta em detrimento dos clássicos armadores, que jogavam bonito e que sabiam jogar futebol? Seria hoje uma redescoberta de seus talentos? FUTEBOL POLUÍDO Santos e Palmeiras fizeram mais um jogo tumultuado, com excesso de empurrões, trombadas, reclamações e simulações. Uma partida poluída. Alguns atletas, principalmente Neymar e Kleber, aproveitam-se disso para cavar faltas, fazer gestos teatrais e jogar o árbitro contra os marcadores. Quanto mais caem, mais levam pancadas e mais ficam no chão. A maioria das pessoas se acostumou a tudo isso. Acha normal. E ainda gosta. O Santos continua confuso. Corre muito, mas sem saber para onde e para quê. Elano, que sempre se destacou pela direita, aberto, e por executar excepcionais cruzamentos, como no início da partida, atuou a maior parte do jogo pelo centro, confundindo-se com Ganso. O Palmeiras é o time mais organizado de São Paulo, desde o fim no ano passado, quando, por vários motivos, perdia mais do que ganhava. O time atua, na maioria das partidas, com as tradicionais duas linhas de quatro. É a melhor maneira de marcar uma equipe com mais talento. Felipão é excelente treinador. Reconhecer a qualidade e a importância dos treinadores é uma coisa, nossa obrigação. Outra é supervalorizá-los. Texto Anterior: Rodada: Atlético-MG tenta obter vaga após dispensas Próximo Texto: Palmeiras: Wellington Paulista fecha acordo e será o camisa 9 de Scolari Índice | Comunicar Erros |
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