São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2004

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Palmeiras avança só nos pênaltis

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Decisão de vaga na cobrança dos pênaltis era tudo o que o Palmeiras mais abominava. Mas somente até a noite de ontem.
Foi nas penalidades que a equipe assegurou, após quatro anos, sua passagem para as quartas-de-final da Copa do Brasil e manteve a chance de, menos de um ano após voltar à elite do futebol nacional, conseguir um título e enterrar de vez o pesadelo vivido em 2003 na segunda divisão.
Após empatar com o Goiás em 1 a 1 -no jogo de ida o placar fora o mesmo-, o clube do Parque Antarctica bateu o time goiano nos pênaltis, por 3 a 1.
O goleiro Marcos foi o grande nome da disputa. Pegou um pênalti e viu mais dois goianos desperdiçarem -um chutou na trave e outro para fora. Apenas Paulo Baier conseguiu vazá-lo. Entre os cobradores palmeirenses, Pedrinho, Muñoz e Vágner converteram, e Alceu desperdiçou.
"Assim é vida de goleiro. Às vezes pega um pênalti e em outras erra, chuta a bola na cabeça do adversário e toma o gol", disse Marcos, referindo-se ao tento sofrido diante do Inter, pelo Brasileiro.
O Palmeiras terminou o tempo normal sob o estigma da incompetência na hora de decidir vaga nas penalidades. No Estadual, dessa forma perdeu a chance de decidir o título. Foi eliminado pelo Paulista de Jundiaí e, efeito da eliminação, mergulhou numa crise que demorou quase um mês para ser superada.
Nas quartas-de-final da Copa do Brasil, o Palmeiras, único time de sua chave a integrar a Série A do Nacional, enfrentará o Santo André, que eliminou o Guarani.
No primeiro tempo, Palmeiras e Goiás utilizaram um esquema de jogo semelhante, com uma linha de três defensores e um volante recuado. No time paulista, que sempre atua dessa maneira, Marcinho fez a função. No clube goiano, foi Cleber, incumbido de marcar o atacante Vágner, quem completou a trinca de zagueiros.
O Goiás dominava as ações ofensivas, mas dava ao Palmeiras a chance de executar seu movimento mais letal: o contragolpe.
Porém, com as formações espelhadas, os times passaram mais da metade da etapa inicial sem ameaçar muito os goleiros.
Somente a partir dos 26min é que o panorama foi modificado, após o Palmeiras encaixar uma rápida saída em contra-ataque.
O lateral Lúcio roubou a bola no campo de defesa, carregou-a até a entrada da área do rival e tocou para Pedrinho. O meia deu um corte em seu marcador e colocou a bola no canto esquerdo do goleiro Harlei: 1 a 0 Palmeiras.
No início do segundo tempo, o técnico Celso Roth mudou a forma de jogar do Goiás. Tirou o meia Jerri e colocou o atacante Douglas. A alteração fez com que a equipe goiana acuasse o rival.
A pressão provocou ainda um grande número de escanteios cedidos pelos palmeirenses na etapa final: foram 11.
E foi na cobrança de um deles que os visitantes empataram. Paulo Baier bateu, e Cleber escorou para o meio da área, onde Douglas tocou para a rede.
Após o empate, o Goiás deixou de pressionar e cedeu espaço para o Palmeiras tentar, sem sucesso, evitar a decisão da vaga nos pênaltis, que tanto fizera o time e a torcida sofrerem até ontem.
Antes de voltar a campo pela Copa do Brasil, o time do Parque Antarctica recebe a Ponte Preta, no sábado, pelo Brasileiro.


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