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Palmeiras avança só nos pênaltis
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Decisão de vaga na cobrança
dos pênaltis era tudo o que o Palmeiras mais abominava. Mas somente até a noite de ontem.
Foi nas penalidades que a equipe assegurou, após quatro anos,
sua passagem para as quartas-de-final da Copa do Brasil e manteve
a chance de, menos de um ano
após voltar à elite do futebol nacional, conseguir um título e enterrar de vez o pesadelo vivido em
2003 na segunda divisão.
Após empatar com o Goiás em 1
a 1 -no jogo de ida o placar fora o
mesmo-, o clube do Parque Antarctica bateu o time goiano nos
pênaltis, por 3 a 1.
O goleiro Marcos foi o grande
nome da disputa. Pegou um pênalti e viu mais dois goianos desperdiçarem -um chutou na trave e outro para fora. Apenas Paulo
Baier conseguiu vazá-lo. Entre os
cobradores palmeirenses, Pedrinho, Muñoz e Vágner converteram, e Alceu desperdiçou.
"Assim é vida de goleiro. Às vezes pega um pênalti e em outras
erra, chuta a bola na cabeça do adversário e toma o gol", disse Marcos, referindo-se ao tento sofrido
diante do Inter, pelo Brasileiro.
O Palmeiras terminou o tempo
normal sob o estigma da incompetência na hora de decidir vaga
nas penalidades. No Estadual,
dessa forma perdeu a chance de
decidir o título. Foi eliminado pelo Paulista de Jundiaí e, efeito da
eliminação, mergulhou numa crise que demorou quase um mês
para ser superada.
Nas quartas-de-final da Copa
do Brasil, o Palmeiras, único time
de sua chave a integrar a Série A
do Nacional, enfrentará o Santo
André, que eliminou o Guarani.
No primeiro tempo, Palmeiras e
Goiás utilizaram um esquema de
jogo semelhante, com uma linha
de três defensores e um volante
recuado. No time paulista, que
sempre atua dessa maneira, Marcinho fez a função. No clube goiano, foi Cleber, incumbido de marcar o atacante Vágner, quem
completou a trinca de zagueiros.
O Goiás dominava as ações
ofensivas, mas dava ao Palmeiras
a chance de executar seu movimento mais letal: o contragolpe.
Porém, com as formações espelhadas, os times passaram mais da
metade da etapa inicial sem
ameaçar muito os goleiros.
Somente a partir dos 26min é
que o panorama foi modificado,
após o Palmeiras encaixar uma
rápida saída em contra-ataque.
O lateral Lúcio roubou a bola no
campo de defesa, carregou-a até a
entrada da área do rival e tocou
para Pedrinho. O meia deu um
corte em seu marcador e colocou
a bola no canto esquerdo do goleiro Harlei: 1 a 0 Palmeiras.
No início do segundo tempo, o
técnico Celso Roth mudou a forma de jogar do Goiás. Tirou o
meia Jerri e colocou o atacante
Douglas. A alteração fez com que
a equipe goiana acuasse o rival.
A pressão provocou ainda um
grande número de escanteios cedidos pelos palmeirenses na etapa
final: foram 11.
E foi na cobrança de um deles
que os visitantes empataram.
Paulo Baier bateu, e Cleber escorou para o meio da área, onde
Douglas tocou para a rede.
Após o empate, o Goiás deixou
de pressionar e cedeu espaço para
o Palmeiras tentar, sem sucesso,
evitar a decisão da vaga nos pênaltis, que tanto fizera o time e a torcida sofrerem até ontem.
Antes de voltar a campo pela
Copa do Brasil, o time do Parque
Antarctica recebe a Ponte Preta,
no sábado, pelo Brasileiro.
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