São Paulo, quarta-feira, 06 de maio de 2009

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Cartola, Hortência quer volta de Iziane

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nova diretora do departamento feminino da Confederação Brasileira de Basquete, Hortência defendeu ontem a volta da ala Iziane à seleção e não garantiu a permanência de Paulo Bassul à frente da equipe.
"Precisamos agora avaliar, tomar pé de como estão as coisas. Temos que pensar bem os prós e os contras, se vai continuar o técnico, se não vai, se a Iziane vai ser chamada", disse, para logo completar: "É claro que ela vai ser chamada".
A ex-cestinha é o primeiro nome confirmado pelo novo presidente da CBB, Carlos Nunes, empossado ontem, no Rio.
Iziane, maior estrela da nova geração do Brasil, foi cortada da seleção no Pré-Olímpico Mundial-08 após se recusar a entrar em quadra em jogo com a Belarus, que poderia decidir vaga para o país em Pequim.
"Faltou respaldo. Se estivesse ali, não deixaria ela dar entrevista. É difícil voltar atrás", disse Hortência, referindo-se ao fato de a ala ter dito que não trabalharia mais com Bassul.
No cargo, Hortência diz que quer conversar com outras ex- -atletas, em busca de ideias.
"Vou tomar um café com a Paula, que tem uma experiência administrativa interessante. Falei com a Janeth na semana passada, mas vou procurá-la de novo", disse, citando suas duas principais colegas na seleção campeã mundial em 1994.
Por ora, Bassul não teve conversa com a nova administração da CBB. "Ainda não tive contato oficial. Vou respeitar a decisão que for tomada", disse o técnico, que comandou o Brasil nos Jogos chineses. A seleção ficou na penúltima posição.
O técnico diz que não foi procurado neste ano pelo ex-presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, para fazer o planejamento da seleção feminina.
"A última reunião que tivemos foi no final de 2008. Ele [Grego] ainda discutia a renovação do patrocínio com a Eletrobrás e não sabia com quanto iria contar para este ano e que programação poderia fazer."
O próximo compromisso da equipe será a Copa América, classificatória para o Mundial- -10, em setembro, em Cuiabá.
Além de possíveis alterações na seleção, Hortência quer incentivar uma liga feminina, nos moldes da masculina, cujo torneio, independente da CBB, é administrado pelos clubes.
"Não sei se temos condições de criar já uma liga feminina, se os clubes se interessam. Mas vimos como foi bacana no masculino. Vamos apoiar a iniciativa também no feminino."


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