|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cartola, Hortência quer volta de Iziane
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Nova diretora do departamento feminino da Confederação Brasileira de Basquete,
Hortência defendeu ontem a
volta da ala Iziane à seleção e
não garantiu a permanência de
Paulo Bassul à frente da equipe.
"Precisamos agora avaliar,
tomar pé de como estão as coisas. Temos que pensar bem os
prós e os contras, se vai continuar o técnico, se não vai, se a
Iziane vai ser chamada", disse,
para logo completar: "É claro
que ela vai ser chamada".
A ex-cestinha é o primeiro
nome confirmado pelo novo
presidente da CBB, Carlos Nunes, empossado ontem, no Rio.
Iziane, maior estrela da nova
geração do Brasil, foi cortada da
seleção no Pré-Olímpico Mundial-08 após se recusar a entrar
em quadra em jogo com a Belarus, que poderia decidir vaga
para o país em Pequim.
"Faltou respaldo. Se estivesse ali, não deixaria ela dar entrevista. É difícil voltar atrás",
disse Hortência, referindo-se
ao fato de a ala ter dito que não
trabalharia mais com Bassul.
No cargo, Hortência diz que
quer conversar com outras ex-
-atletas, em busca de ideias.
"Vou tomar um café com a
Paula, que tem uma experiência administrativa interessante. Falei com a Janeth na semana passada, mas vou procurá-la
de novo", disse, citando suas
duas principais colegas na seleção campeã mundial em 1994.
Por ora, Bassul não teve conversa com a nova administração da CBB. "Ainda não tive
contato oficial. Vou respeitar a
decisão que for tomada", disse
o técnico, que comandou o Brasil nos Jogos chineses. A seleção ficou na penúltima posição.
O técnico diz que não foi procurado neste ano pelo ex-presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, para fazer o planejamento da seleção feminina.
"A última reunião que tivemos foi no final de 2008. Ele
[Grego] ainda discutia a renovação do patrocínio com a Eletrobrás e não sabia com quanto
iria contar para este ano e que
programação poderia fazer."
O próximo compromisso da
equipe será a Copa América,
classificatória para o Mundial-
-10, em setembro, em Cuiabá.
Além de possíveis alterações
na seleção, Hortência quer incentivar uma liga feminina, nos
moldes da masculina, cujo torneio, independente da CBB, é
administrado pelos clubes.
"Não sei se temos condições
de criar já uma liga feminina, se
os clubes se interessam. Mas vimos como foi bacana no masculino. Vamos apoiar a iniciativa também no feminino."
Texto Anterior: F-1: Times se reúnem para discutir propostas para 2010 Próximo Texto: Piada: Barrichello é lembrado por ex-cestinha em cerimônia de posse Índice
|