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GRUPO B/ AMANHÃ
Time tem más lembranças do Paraguai
Espanha reencontra fantasma da Copa-98
DO ENVIADO A SEUL
A Espanha volta a cruzar com
uma das lembranças do pior pesadelo de sua história: a camisa da
seleção paraguaia.
Foi o duelo com o time sul-americano, há quatro anos, que encaminhou os espanhóis para a mais
decepcionante campanha de sua
história em Copas do Mundo -a
desclassificação na primeira fase,
com um 17º lugar na tabela geral.
Naquela vez, em campo, empataram sem gols. Na rodada seguinte, as duas equipes venceram
seus jogos, mas o Paraguai somou
ao final um ponto a mais e desclassificou a seleção européia.
É uma situação inversa à de agora, pelo menos até a bola rolar. Os
espanhóis é que entram em campo com vantagem na tabela, já
que venceram os eslovenos na estréia. Se ganharem, estarão classificados para a segunda fase.
A vitória na estréia empolgou
boa parte da torcida espanhola,
mas dentro do time há quem diga
que não é o suficiente.
"Temos de fazer mais. Se continuarmos trabalhando, podemos
conseguir algo grandioso para a
Espanha", afirma o atacante Raúl.
Ele é talvez o principal símbolo
dos temores históricos que atormentam os espanhóis.
Há quatro anos, chegou à França como estrela e afundou.
Desde então, levantou uma série de troféus em seu clube, o Real
Madrid -os principais foram
duas Copas dos Campeões da Europa, a última no mês passado,
diante do Bayer Leverkusen, e um
Mundial interclubes.
Resta agora, a Raúl e à seleção
espanhola, repetir numa Copa do
Mundo o desempenho demonstrado pelos clubes do país. Para isso, uma vitória em Jeonju é considerada fundamental.
"O que é realmente importante
para a gente agora é fazer seis
pontos, ficar à frente dos outros
times e assegurar uma vaga na segunda fase", afirma o zagueiro
Nadal, outro sobrevivente da eliminação prematura em 1998.
Para o técnico José Antonio Camacho, que assumiu a seleção logo após o fiasco na última Copa,
seu time jogará melhor agora.
"A Eslovênia tinha vários jogadores de 1,90 m, muito fortes. O
Paraguai tem outra forma de jogar. Não é tão forte fisicamente.
Poderemos jogar mais futebol,
porque contra a Eslovênia o único
time que queria fazê-lo era o nosso", diz Camacho.
"Estamos assistindo a vídeos do
Paraguai para estudar estratégias
para a partida", afirma o meia Albelda.
(ROBERTO DIAS)
NA TV - Globo e Sportv, ao
vivo, às 6h de sexta
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