São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002

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GRUPO B/ AMANHÃ

Time tem más lembranças do Paraguai

Espanha reencontra fantasma da Copa-98

DO ENVIADO A SEUL

A Espanha volta a cruzar com uma das lembranças do pior pesadelo de sua história: a camisa da seleção paraguaia.
Foi o duelo com o time sul-americano, há quatro anos, que encaminhou os espanhóis para a mais decepcionante campanha de sua história em Copas do Mundo -a desclassificação na primeira fase, com um 17º lugar na tabela geral.
Naquela vez, em campo, empataram sem gols. Na rodada seguinte, as duas equipes venceram seus jogos, mas o Paraguai somou ao final um ponto a mais e desclassificou a seleção européia.
É uma situação inversa à de agora, pelo menos até a bola rolar. Os espanhóis é que entram em campo com vantagem na tabela, já que venceram os eslovenos na estréia. Se ganharem, estarão classificados para a segunda fase.
A vitória na estréia empolgou boa parte da torcida espanhola, mas dentro do time há quem diga que não é o suficiente.
"Temos de fazer mais. Se continuarmos trabalhando, podemos conseguir algo grandioso para a Espanha", afirma o atacante Raúl.
Ele é talvez o principal símbolo dos temores históricos que atormentam os espanhóis.
Há quatro anos, chegou à França como estrela e afundou.
Desde então, levantou uma série de troféus em seu clube, o Real Madrid -os principais foram duas Copas dos Campeões da Europa, a última no mês passado, diante do Bayer Leverkusen, e um Mundial interclubes.
Resta agora, a Raúl e à seleção espanhola, repetir numa Copa do Mundo o desempenho demonstrado pelos clubes do país. Para isso, uma vitória em Jeonju é considerada fundamental.
"O que é realmente importante para a gente agora é fazer seis pontos, ficar à frente dos outros times e assegurar uma vaga na segunda fase", afirma o zagueiro Nadal, outro sobrevivente da eliminação prematura em 1998.
Para o técnico José Antonio Camacho, que assumiu a seleção logo após o fiasco na última Copa, seu time jogará melhor agora.
"A Eslovênia tinha vários jogadores de 1,90 m, muito fortes. O Paraguai tem outra forma de jogar. Não é tão forte fisicamente. Poderemos jogar mais futebol, porque contra a Eslovênia o único time que queria fazê-lo era o nosso", diz Camacho.
"Estamos assistindo a vídeos do Paraguai para estudar estratégias para a partida", afirma o meia Albelda. (ROBERTO DIAS)


NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, às 6h de sexta



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