São Paulo, sábado, 06 de junho de 2009

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Uruguai quer confirmar ressurreição

País vive boa fase com a seleção e com seus times na Libertadores, além de ter jovens cobiçados por grandes europeus

Com jogadores que atuam em equipes importantes na Europa, seleção uruguaia só perdeu um de seus últimos oito jogos nas eliminatórias


DO ENVIADO A MONTEVIDÉU

O Uruguai ainda está longe da época em que ganhava Copas e Olimpíadas. Mas o momento atual do rival brasileiro no jogo de hoje, no mítico estádio Centenário, aproxima-se de uma espécie de ressurreição.
Seja com sua seleção principal, com seus clubes ou com estrelas e novatos, o Uruguai não repete hoje a fama de país nanico no futebol, que virou sua marca nos últimos anos -só disputou um dos últimos quatro Mundiais, o de 2002.
Nas eliminatórias, depois de um início titubeante, quando perdeu duas vezes em quatro rodadas, o Uruguai foi batido apenas uma vez nos últimos oito duelos. Está na quinta posição, mas só a quatro pontos do Brasil, o segundo colocado.
Tem ainda o melhor ataque (21 gols), fruto da boa geração de jogadores que militam em clubes importantes da Europa, como o zagueiro Cáceres (Barcelona), o meia Cristian Rodríguez (Porto) e os atacantes Diego Forlán (Atlético de Madrid) e Luís Suárez (Ajax).
"Antes, eles ficavam atrás, marcando. Hoje, eles saem para o jogo, vêm para cima", analisa Luis Fabiano, que ganhou status de titular de Dunga após ter marcado duas vezes contra os uruguaios, em 2007.
Nos torneios internacionais de clubes, o Uruguai também vive agora um bom momento.
O país tem dois representantes nas quartas de final da Libertadores. Um deles, o Nacional, precisa de um empate sem gols contra o Palmeiras, em casa, para ser o primeiro clube uruguaio nas semifinais da competição em 20 anos.
Mas é o futuro próximo que parece mais promissor.
Pela primeira vez em dez anos, o Uruguai se classificou ao mesmo tempo para os Mundiais sub-17 e sub-20. Nesses times, estão jogadores cobiçados pelos grandes clubes europeus, como o atacante Gonzalo Barreto, 17, que é disputado por Real Madrid e Arsenal.
Com tal cenário, os anfitriões exalam confiança para o confronto de hoje, válido pela 13ª rodada das eliminatórias.
"Jogando em casa, temos a obrigação de ganhar. Mas buscaremos a vitória com calma", disse o meia Sebastián Eguren.
Os brasileiros dizem que o "excesso de confiança" pode se virar contra os rivais. "Quando um time está confiante, é melhor ficar preocupado. É o Brasil que eles vão enfrentar", falou Júlio César.0 (PAULO COBOS)


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