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Uruguai quer confirmar ressurreição
País vive boa fase com a seleção e com seus times na Libertadores, além de ter jovens cobiçados por grandes europeus
Com jogadores que atuam em equipes importantes na Europa, seleção uruguaia só perdeu um de seus últimos oito jogos nas eliminatórias
DO ENVIADO A MONTEVIDÉU
O Uruguai ainda está longe
da época em que ganhava Copas e Olimpíadas. Mas o momento atual do rival brasileiro
no jogo de hoje, no mítico estádio Centenário, aproxima-se de
uma espécie de ressurreição.
Seja com sua seleção principal, com seus clubes ou com estrelas e novatos, o Uruguai não
repete hoje a fama de país nanico no futebol, que virou sua
marca nos últimos anos -só
disputou um dos últimos quatro Mundiais, o de 2002.
Nas eliminatórias, depois de
um início titubeante, quando
perdeu duas vezes em quatro
rodadas, o Uruguai foi batido
apenas uma vez nos últimos oito duelos. Está na quinta posição, mas só a quatro pontos do
Brasil, o segundo colocado.
Tem ainda o melhor ataque
(21 gols), fruto da boa geração
de jogadores que militam em
clubes importantes da Europa,
como o zagueiro Cáceres (Barcelona), o meia Cristian Rodríguez (Porto) e os atacantes Diego Forlán (Atlético de Madrid)
e Luís Suárez (Ajax).
"Antes, eles ficavam atrás,
marcando. Hoje, eles saem para
o jogo, vêm para cima", analisa
Luis Fabiano, que ganhou status de titular de Dunga após ter
marcado duas vezes contra os
uruguaios, em 2007.
Nos torneios internacionais
de clubes, o Uruguai também
vive agora um bom momento.
O país tem dois representantes nas quartas de final da Libertadores. Um deles, o Nacional, precisa de um empate sem
gols contra o Palmeiras, em casa, para ser o primeiro clube
uruguaio nas semifinais da
competição em 20 anos.
Mas é o futuro próximo que
parece mais promissor.
Pela primeira vez em dez
anos, o Uruguai se classificou
ao mesmo tempo para os Mundiais sub-17 e sub-20. Nesses times, estão jogadores cobiçados
pelos grandes clubes europeus,
como o atacante Gonzalo Barreto, 17, que é disputado por
Real Madrid e Arsenal.
Com tal cenário, os anfitriões
exalam confiança para o confronto de hoje, válido pela 13ª
rodada das eliminatórias.
"Jogando em casa, temos a
obrigação de ganhar. Mas buscaremos a vitória com calma",
disse o meia Sebastián Eguren.
Os brasileiros dizem que o
"excesso de confiança" pode se
virar contra os rivais. "Quando
um time está confiante, é melhor ficar preocupado. É o Brasil que eles vão enfrentar", falou Júlio César.0
(PAULO COBOS)
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