Time de Mano, que pega Botafogo, não vence no Estado desde 2007

JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO

Para manter o embalo e a liderança do Campeonato Brasileiro antes da interrupção por causa da Copa do Mundo, o Corinthians e o técnico Mano Menezes terão que superar uma barreira incômoda nos 29 meses juntos: vencer um jogo no Rio.
O duelo de hoje, às 16h, diante do Botafogo, no estádio do Engenhão, será o oitavo de Mano no Rio desde que assumiu o Corinthians, sendo que até agora o retrospecto é bastante negativo: três derrotas e quatro empates.
O jejum total da equipe alvinegra na capital fluminense, não levando em conta somente a era Mano, chega a nove partidas oficiais (cinco empates e quatro derrotas), ou quase três anos.
A última vitória no Rio foi contra o mesmo Botafogo, no dia 15 de agosto de 2007, um 3 a 2 no Maracanã. E o último revés ainda está fresco na memória corintiana, já que foi há cerca de um mês, o 1 a 0 para o Flamengo no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores-2010.
A equipe do Parque São Jorge tenta também sua primeira vitória na história no Engenhão, que foi inaugurado em 2007 para o Pan do Rio. Lá, o Corinthians atuou três vezes, com duas derrotas e um empate -um dos reveses, porém, foi em amistoso. Mano ainda vê mais dificuldade pelo fato de encontrar um oponente mais descansado por ter feito seu último jogo na quarta-feira, um dia antes de seu time.
"Temos um dia a menos de recuperação. A dificuldade é de 24 horas a menos", disse ele. "Mas, ainda assim, temos condições de fazer um jogo de grande nível. Estamos tendo atuações seguras contra rivais qualificados.
Estamos em crescimento." Uma vitória garante ao Corinthians a liderança do Nacional até o dia 14 de julho, na oitava rodada, quando a competição será retomada após o encerramento da Copa. Curiosamente, o duelo será contra o Ceará, que iniciou a rodada na vice-liderança, com 14 pontos, dois a menos que a equipe paulista.
O time já se prepara para ser o alvo a ser batido pelos rivais caso saia da rodada de hoje na ponta da tabela. "Passamos a ser a referência do torneio dessa maneira", disse Mano. "Todos passam a nos observar mais e criam mais dificuldades."