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Comentários de espiões adversários irritam Zagallo
dos enviados a Ozoir-la-Ferrière
Os comentários dos espiões da
Escócia e da Noruega sobre a seleção brasileira irritaram Zagallo.
"Tanto faz o que os dois estejam dizendo. Eles que façam o trabalho deles que eu faço o meu",
desabafou o técnico, referindo-se
às críticas à atuação do Brasil contra Andorra, feitas pelos observadores do primeiro e do terceiro
adversário da equipe na Copa.
Na quarta-feira, Brian Altman,
espião da Escócia, afirmou que os
brasileiros têm dificuldade para
sair de uma marcação mais forte.
Yan Rejkaard, observador norueguês, achou que a equipe de Zagallo está sem padrão de jogo.
"Se eu tivesse alguma preocupação com o que eles estão pensando do Brasil, teria proibido a
entrada deles", avisou, esquecendo-se de que o amistoso contra
Andorra foi aberto ao público.
Mais tarde, quando tomou conhecimento do que os espiões
acharam do Brasil, voltou a mostrar irritação. "O cara falou isso? Então viva Marrocos!", disse,
ao achar que o espião marroquino
tivesse sido o autor da crítica.
"Continuo achando que pode
dar uma zebra. Só que a zebra é
verde e amarela", ironizou.
Para Zagallo, os comentários
dos observadores estrangeiros tiveram a intenção de abalar o moral da seleção. "Mas eu não entro nessa de jeito nenhum. Não estou nem aí para eles, são eles que
morrem de medo da gente."
Mas não foram só os espiões estrangeiros que irritaram o técnico.
Jornalistas argentinos, presentes
ao treino do Brasil, ontem pela
manhã, também o aborreceram.
Quando indagado sobre as más
atuações da seleção em 1998, em
especial quando da derrota para a
Argentina, em 29 de abril, Zagallo
explodiu. "E quando nós ganhamos da Argentina em Buenos
Aires (em novembro de 1995), vocês não falam nada? Vocês ganharam no Brasil e nós ganhamos na
Argentina. Estamos empatados."
Zagallo acha que está havendo
uma supervalorização dos amistosos. "Não perdemos nenhum
jogo importante. Quando valia alguma coisa, ganhamos a Copa
América (na Bolívia) e a Copa das
Confederações (na Arábia)."
Para ele, na Copa a história será
outra. "É só começar o Mundial
que a gente entra em outro ritmo,
o ritmo da vitória e do sucesso."
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