dos enviados a Ozoir-la-Ferrière

A seleção brasileira está pronta para a estréia na Copa, na quarta-feira, contra a Escócia. Pelo menos é o que pensa o técnico Zagallo. "Tudo o que tínhamos que treinar já treinamos. Agora, é só dar uma administrada. Preparados, na verdade, já estamos."
Apesar de não ter conseguido dar um padrão de jogo ao time nos últimos amistosos, contra Argentina, Athletic Bilbao e Andorra, Zagallo diz que a seleção "está bem montada". "Não pude botar a equipe em campo, mas estou confiante. Armas não nos faltam."
A partir de hoje, os treinos passam a ser apenas em um período.
"Não importa a quantidade de treinos, importa a qualidade. Não é hora de ficarmos forçando e arrebentando os jogadores."
Logo depois, no entanto, o treinador falou em massificar os treinamentos táticos. "É para dar ajustes finais no posicionamento."
Sobre o compromisso comercial com a Nike, que anteontem fez a comissão técnica encurtar o treino para atender a um evento promocional do patrocinador, Zagallo defendeu a CBF.
"Se a entidade tem contrato de US$ 400 milhões e o compromisso de ir a vários eventos, tem que ir mesmo", explicou.
Quem concorda com a redução de treinos é Roberto Carlos. "Na Europa, ninguém treina tanto a parte tática quanto ele."
O preparador físico Paulo Paixão negou ontem que esteja irritado com a diminuição da quantidade de treinos da equipe.
Na última quarta-feira, as câmeras de algumas emissoras de televisão flagraram o preparador dizendo palavrões após uma conversa com o técnico. "Aquilo foi um desabafo. Fiquei sabendo que vocês (jornalistas) estavam comentando a discussão entre o Edmundo e Leonardo. Isso me irritou."



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