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Raiva e antipatia motivam a equipe
do enviado a Berlim
As jogadoras da seleção brasileira pretendem enfrentar com "raiva", dentro da quadra, a antipatia
das norte-americanas fora dela.
"Elas não olham na nossa cara
no corredor", afirmou Paula sobre as adversárias de hoje, que estão hospedadas no mesmo hotel
do Brasil. "São antipáticas. Para
elas, a gente não existe."
"Acham que o Brasil é um timinho qualquer", acrescentou a
ala-pivô Leila. "Mas verão em
quadra que é diferente."
Paula disse que a equipe deve ter
hoje algo que faltou na derrota na
final nos Jogos de Atlanta. "Faltou raiva."
Ela lembrou que naquele jogo
havia um clima de revanche por
parte dos EUA, causado pela derrota na semifinal do Mundial de
94. "Agora nós é que temos que
criar esse clima."
"Tem mesmo que entrar com
raiva, não adianta entrar como
mocinhas", concordou Leila.
Ela ressaltou a importância de
tentar levar vantagem no contato
físico. "Os EUA não jogam pesado. Jogam sujo. Dão cotovelada na
boca, empurram no rebote."
"Como não sei jogar sujo, levarei porrada e farei um teatro. Vou
gritar até o juiz ver que estou apanhando", acrescentou.
Para o técnico Antonio Carlos
Barbosa, a rivalidade entre as
equipes "motiva" o grupo. "Mas
tem que usar a raiva de forma que
o ódio esteja dentro do coração.
Por fora, é preciso ter frieza."
A pivô Alessandra e a ala Janeth
preferiram falar sobre o aspecto
técnico, no qual acreditam que as
equipes são iguais.
"Elas não são nenhum bicho de
sete cabeças, nenhum "Dream
Team' (time dos sonhos). "Dream
Team' é só no masculino", declarou Alessandra.
Janeth afirmou que o Brasil não
pode respeitar demais o rival.
"Não é uma equipe imbatível. Temos que jogar de igual para
igual." Respeito também existe
do lado dos EUA, de acordo com
suas jogadoras. "O Brasil está sem
a Marta, mas tem Leila e Alessandra. Está sem Hortência, mas tem
Paula", disse a ala Nikki McCray.
"Não somos favoritas. O Brasil é
o campeão mundial", disse a armadora Dawn Staley.
Elas negaram problemas no relacionamento fora das quadras com
as brasileiras.
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