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TÊNIS
Philippoussis pega Roger Federer (SUI) na final de Wimbledon e busca retomar espaço do estilo de jogo próximo à rede
Australiano tenta reabilitar saque-voleio
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
O australiano Mark Philippoussis tenta provar hoje, às 10h, na
decisão de Wimbledon contra o
suíço Roger Federer que o saque-voleio não morreu apesar do sério
risco de extinção que corre.
Após amplo domínio em Wimbledon nos últimos anos, o estilo
sofreu um duro golpe em 2002,
quando dois tenistas sem essas
características de sacar e volear,
Lleyton Hewitt e David Nalbandian, disputaram a decisão.
Em 2003, antes mesmo do início
da 117ª edição do mais tradicional
torneio do tênis, o saque-voleio
perdeu ainda mais espaço.
O americano Pete Sampras,
heptacampeão em Wimbledon,
ficou de fora do torneio inglês pela primeira vez desde 1989.
Além disso, o holandês Richard
Krajicek, campeão do Grand
Slam na grama em 1996, outro
adepto do saque-voleio, anunciou
sua aposentadoria.
Philippoussis, 48º do ranking, é
um dos raros sacadores-voleadores com destaque que restaram no
circuito. Entre os top 100 do ranking, apenas oito apresentam como característica o saque-voleio.
Em 1973, ano do advento do
ranking de entradas da ATP, existiam seis tenistas que utilizavam
bastante a tática de sacar e tentar
bloquear a resposta do adversário
próximo da rede entre os top 10.
O australiano, que em suas melhores campanhas em Londres
havia sido quadrifinalista (98 e
99), obteve 164 aces no torneio e
diz já ter a estratégia para hoje.
"Vou jogar exatamente como
venho fazendo", disse ele, que
passou por três cirurgias no joelho esquerdo, precisou ficar dois
meses em cadeira de rodas e ouviu dos médicos que nunca mais
jogaria tênis em alto nível.
Philippoussis, porém, vai enfrentar um adversário que sabe lidar com saques potentes.
Federer, o primeiro suíço a chegar à decisão de um Grand Slam,
venceu o saque-canhão Andy
Roddick -o americano era o líder na bolsa da apostas- por incontestáveis 3 sets a 0.
Além disso, o suíço, quinto do
ranking, se não é um especialista
no saque-voleio, também não se
limita a distante da rede.
"O Roger pode fazer tudo na
quadra. Ele é eficiente tanto sacando e voleando como no fundo
de quadra", disse Philippoussis.
Contra Roddick, Federer foi à
rede em 39 oportunidades e teve
sucesso em 29 delas. O aproveitamento foi superior ao de Philippoussis na semifinal: 33 pontos
ganhos em 59 ações.
"Só espero ganhar a final", disse
Federer, que aponta Wimbledon
como seu torneio preferido e tem
vantagem de 2 a 1 no confronto
direto com Philippoussis.
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