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F-1
Com domínio na 1ª fila no grid do GP da França, equipe se consolida como a mais forte da categoria na atualidade
Ralf faz 3ª pole do ano e leva Williams ao céu no Mundial
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MAGNY-COURS
Da primeira vez foi em Mônaco,
parecia algo acidental. No Canadá, ficou uma desconfiança no ar.
Ontem, no entanto, com mais
uma pole position, a Williams dirimiu todas as dúvidas: é, atualmente, a equipe mais forte da F-1.
Com 1min15s019, Ralf Schumacher conquistou a quarta pole da
carreira, a terceira do ano. Ao lado, 0s117 mais lento, sai seu companheiro, Juan Pablo Montoya.
A largada para o GP da França,
décima etapa do Mundial de F-1,
será às 9h (de Brasília), com TV.
O fato de a afirmação da superioridade da Williams ter vindo
em Magny-Cours é emblemático.
Foi no circuito francês que, em
julho do ano passado, o ferrarista
Michael Schumacher garantiu o
pentacampeonato mundial com
seis etapas de antecedência.
O contraste com a situação vivida pela Ferrari hoje é chocante.
Neste final de semana, o time italiano não fechou nenhum treino
em primeiro lugar. Ontem, não
teve chances de lutar pela pole.
Schumacher foi o terceiro na
sessão oficial, a 0s461 do irmão caçula. Rubens Barrichello é apenas
o oitavo no grid, sua pior posição
de largada nesta temporada.
"Aqui, a Ferrari não está tão
bem como eu imaginava. Esperávamos que nosso carro fosse se
adaptar melhor. Mas não acho
que pioramos. Os outros que melhoraram", disse Schumacher.
Ao seu lado, na entrevista coletiva dos primeiros colocados, Ralf
era só sorrisos. "Estou satisfeitíssimo com a pole porque a pista
não estava tão rápida quando entrei. E ainda cometi um pequeno
erro", afirmou o piloto da Williams, que esnobou: "Certamente
daria para ser mais rápido".
Após um início de ano ruim, a
Williams cresceu vertiginosamente no período de um mês. Em
Mônaco, no início de junho, Ralf
obteve a pole e Montoya venceu.
No Canadá, Ralf largou na frente
novamente e os dois subiram ao
pódio, atrás de Schumacher. Em
Nurburgring, há uma semana,
ambos largaram na segunda fila e
fizeram a primeira dobradinha de
uma equipe nesta temporada.
O resultado está nos números.
A Williams foi o time que mais
pontos conquistou em junho: 47.
A Ferrari fez 16 a menos. Nos últimos três GPs, passou Renault e
McLaren e tomou a vice-liderança do Mundial de Construtores.
Caso vença hoje, Ralf entrará
definitivamente na luta pelo título. Hoje ele é o terceiro na classificação, com 43 pontos, 15 a menos
que o irmão e oito a menos que
Kimi Raikkonen, da McLaren.
Depois de vencer 15 das 17 provas do ano passado, a Ferrari custou a acreditar na sua desvantagem para a Williams. Mas, ontem,
parece ter "caído a ficha".
"Sabíamos que seria uma sessão
bem complicada para nós. Esperamos uma corrida muito apertada. Aqui, a resistência do conjunto pneu-chassi-motor será fundamental", declarou Jean Todt, diretor esportivo ferrarista.
Caso consiga superar a Williams, Schumacher somará mais
um recorde ao seu currículo: se
tornará o primeiro piloto da história a vencer sete vezes um mesmo GP. Ele já ganhou em Magny-Cours em 94, 95, 97, 98, 2001 e
2002. Nunca, porém, pareceu tão
difícil como agora.
NA TV - GP da França, Globo,
ao vivo, às 9h
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