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São Paulo, domingo, 06 de julho de 2003

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F-1

Com domínio na 1ª fila no grid do GP da França, equipe se consolida como a mais forte da categoria na atualidade

Ralf faz 3ª pole do ano e leva Williams ao céu no Mundial

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MAGNY-COURS

Da primeira vez foi em Mônaco, parecia algo acidental. No Canadá, ficou uma desconfiança no ar. Ontem, no entanto, com mais uma pole position, a Williams dirimiu todas as dúvidas: é, atualmente, a equipe mais forte da F-1.
Com 1min15s019, Ralf Schumacher conquistou a quarta pole da carreira, a terceira do ano. Ao lado, 0s117 mais lento, sai seu companheiro, Juan Pablo Montoya.
A largada para o GP da França, décima etapa do Mundial de F-1, será às 9h (de Brasília), com TV.
O fato de a afirmação da superioridade da Williams ter vindo em Magny-Cours é emblemático.
Foi no circuito francês que, em julho do ano passado, o ferrarista Michael Schumacher garantiu o pentacampeonato mundial com seis etapas de antecedência.
O contraste com a situação vivida pela Ferrari hoje é chocante. Neste final de semana, o time italiano não fechou nenhum treino em primeiro lugar. Ontem, não teve chances de lutar pela pole.
Schumacher foi o terceiro na sessão oficial, a 0s461 do irmão caçula. Rubens Barrichello é apenas o oitavo no grid, sua pior posição de largada nesta temporada.
"Aqui, a Ferrari não está tão bem como eu imaginava. Esperávamos que nosso carro fosse se adaptar melhor. Mas não acho que pioramos. Os outros que melhoraram", disse Schumacher.
Ao seu lado, na entrevista coletiva dos primeiros colocados, Ralf era só sorrisos. "Estou satisfeitíssimo com a pole porque a pista não estava tão rápida quando entrei. E ainda cometi um pequeno erro", afirmou o piloto da Williams, que esnobou: "Certamente daria para ser mais rápido".
Após um início de ano ruim, a Williams cresceu vertiginosamente no período de um mês. Em Mônaco, no início de junho, Ralf obteve a pole e Montoya venceu. No Canadá, Ralf largou na frente novamente e os dois subiram ao pódio, atrás de Schumacher. Em Nurburgring, há uma semana, ambos largaram na segunda fila e fizeram a primeira dobradinha de uma equipe nesta temporada.
O resultado está nos números. A Williams foi o time que mais pontos conquistou em junho: 47. A Ferrari fez 16 a menos. Nos últimos três GPs, passou Renault e McLaren e tomou a vice-liderança do Mundial de Construtores.
Caso vença hoje, Ralf entrará definitivamente na luta pelo título. Hoje ele é o terceiro na classificação, com 43 pontos, 15 a menos que o irmão e oito a menos que Kimi Raikkonen, da McLaren.
Depois de vencer 15 das 17 provas do ano passado, a Ferrari custou a acreditar na sua desvantagem para a Williams. Mas, ontem, parece ter "caído a ficha".
"Sabíamos que seria uma sessão bem complicada para nós. Esperamos uma corrida muito apertada. Aqui, a resistência do conjunto pneu-chassi-motor será fundamental", declarou Jean Todt, diretor esportivo ferrarista.
Caso consiga superar a Williams, Schumacher somará mais um recorde ao seu currículo: se tornará o primeiro piloto da história a vencer sete vezes um mesmo GP. Ele já ganhou em Magny-Cours em 94, 95, 97, 98, 2001 e 2002. Nunca, porém, pareceu tão difícil como agora.


NA TV - GP da França, Globo, ao vivo, às 9h


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