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FUTEBOL
Destaques de São Paulo e Atlético-PR, Rogério e Diego tentam na final da Libertadores se consolidar como heróis
Líderes, goleiros jogam pela excelência
EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA
Sob um travessão, um goleiro
que já foi campeão de tudo no
banco de reservas e agora tenta
repetir essa trajetória vitoriosa
dentro de campo e como líder de
seu time. Sob o outro travessão,
um goleiro que vem se firmando
no cenário nacional como uma
grata promessa e que tenta agora,
com a conquista da Libertadores,
dar um salto definitivo como um
dos melhores da sua posição.
Rogério, pelo São Paulo, e Diego, pelo Atlético-PR, iniciam hoje,
em Porto Alegre, a busca por um
título que marque suas carreiras.
Prata da casa do time do Morumbi e jogador mais antigo do
atual elenco, Rogério chega ao
Beira-Rio repleto de responsabilidades. Além da boa forma no gol,
ele é o artilheiro são-paulino no
torneio, com cinco tentos.
No entanto, apesar da expectativa de disputar a sua primeira final
de Libertadores como titular, o
goleiro tenta dar um tom de normalidade à situação. "Estou vivendo esse momento com naturalidade. Sem ansiedade. É esperar chegar a hora e jogar."
Sobre a possibilidade de se tornar o primeiro goleiro a conseguir
a artilharia -o goleador máximo
é Saucedo, do Cerro Porteño, com
nove gols -, Rogério descarta de
imediato. "Impossível. E também
não me preocupo com isso. Minha prioridade é ajudar a minha
equipe a ser campeã."
Já do lado do Atlético-PR, Diego
chega disposto a marcar o seu nome. Destaque da oscilante campanha da equipe paranaense, o jogador diz que o poder de superação
até aqui tem sido o ponto forte da
equipe. "O time conseguiu resultados importantes e ganhou moral. E não posso negar que estou
no melhor momento da minha
carreira. Estou decidindo o título
do torneio mais importante da
América do Sul."
Nem mesmo o fato de fazer o
primeiro jogo da final fora de Curitiba tira sua confiança. Revelado
no Sul, Diego tratou de pedir o
apoio dos torcedores gaúchos para o jogo de Porto Alegre. "Acho
que é o momento de o Sul se unir.
As torcidas de Grêmio, Inter e Juventude podem fazer uma bonita
festa para empurrar o Atlético."
Além do título e da condição de
heróis, os duelo entre os dois
mostra também um confronto de
gerações. Enquanto Rogério, 32,
tem sua carreira consolidada e
com Copa do Mundo no currículo, Diego, 26, faz parte de uma nova safra de goleiros talentosos.
"O Diego tem muito talento e
vem junto com grandes nomes
como Júlio César, Fábio e Gomes.
Sem dúvida, é um grande nome
que está surgindo", disse Rogério.
Descartado até agora por Carlos
Alberto Parreira, o goleiro são-paulino preferiu esquecer o assunto seleção e dá prioridade somente para o momento que vive o
seu clube. "Seleção não, acho que
não é o momento de falar disso."
No clube, porém, Paulo Autuori
não esconde a satisfação de ter no
seu time um trunfo como Rogério
para as cobranças de falta. "Isso é
uma preocupação para os adversários", comentou o treinador.
E, após o treino de ontem, o último antes do embarqeu para o Sul,
Rogério fez jus ao otimismo de
seu chefe. Numa série de dez faltas cobradas, ele converteu nove.
NA TV - Atlético-PR x São Paulo, ao vivo, às 21h45, Globo e Sportv
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