|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Forlán irritou pai ao quase rasgar camisa de Pelé
DENISE MOTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MONTEVIDÉU
Em "U-ru-gua-yo", autobiografia que Diego Forlán,
31, lançou há menos de um
mês em seu país, o atacante
do Atlético de Madri relembra trechos da infância e da
adolescência relacionados
ao seu futuro como jogador.
O livro foi publicado primeiro na Espanha, em abril,
onde ocupou a lista dos dez
títulos de não ficção mais
vendidos no país. No Uruguai, teve suas duas edições
esgotadas, um total de 23 mil
exemplares vendidos.
Num dos episódios do relato, Forlán conta que seu
pai, Pablo -jogador histórico do futebol uruguaio, que
também atuou no Brasil na
década de 70-, o presenteou
com uma camisa de Pelé, cedida a ele após um jogo, e depois tomou o presente de volta, dizendo que guardaria o
tesouro de forma apropriada.
"Um dia, tentei colocar a
camisa. Fiquei na tentativa,
porque quase a rasguei ao esticá-la. É uma dessas camisetas de pano grosso que vão se
desgastando com o tempo.
Se isso chegasse a acontecer,
acho que não há rua no Uruguai onde eu estaria a salvo
do castigo do meu pai. Desde
esse dia, não voltei a vê-la."
A autobiografia narra bastidores de seu início no esporte e de como o acidente
sofrido pela irmã Alejandra
em 1991 -e que a deixou paraplégica- mudou sua vida.
Traz, por fim, depoimentos do argentino Agüero e do
português Cristiano Ronaldo, que destacam a timidez
do atacante. Alex Ferguson,
treinador do Manchester
United, diz ter se equivocado
ao vendê-lo para o Villarreal.
O técnico da seleção uruguaia, Oscar Tabárez, elogia
a atitude de Forlán no final
das eliminatórias. "Ele assumiu papel de protagonista no
grupo, propôs desafios e
aceitou responsabilidades."
Texto Anterior: Tabárez escala formação mais defensiva hoje Próximo Texto: Paulo Vinicius Coelho: Respeito celeste Índice
|