São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2010

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Forlán irritou pai ao quase rasgar camisa de Pelé

DENISE MOTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE MONTEVIDÉU


Em "U-ru-gua-yo", autobiografia que Diego Forlán, 31, lançou há menos de um mês em seu país, o atacante do Atlético de Madri relembra trechos da infância e da adolescência relacionados ao seu futuro como jogador.
O livro foi publicado primeiro na Espanha, em abril, onde ocupou a lista dos dez títulos de não ficção mais vendidos no país. No Uruguai, teve suas duas edições esgotadas, um total de 23 mil exemplares vendidos.
Num dos episódios do relato, Forlán conta que seu pai, Pablo -jogador histórico do futebol uruguaio, que também atuou no Brasil na década de 70-, o presenteou com uma camisa de Pelé, cedida a ele após um jogo, e depois tomou o presente de volta, dizendo que guardaria o tesouro de forma apropriada.
"Um dia, tentei colocar a camisa. Fiquei na tentativa, porque quase a rasguei ao esticá-la. É uma dessas camisetas de pano grosso que vão se desgastando com o tempo. Se isso chegasse a acontecer, acho que não há rua no Uruguai onde eu estaria a salvo do castigo do meu pai. Desde esse dia, não voltei a vê-la."
A autobiografia narra bastidores de seu início no esporte e de como o acidente sofrido pela irmã Alejandra em 1991 -e que a deixou paraplégica- mudou sua vida.
Traz, por fim, depoimentos do argentino Agüero e do português Cristiano Ronaldo, que destacam a timidez do atacante. Alex Ferguson, treinador do Manchester United, diz ter se equivocado ao vendê-lo para o Villarreal.
O técnico da seleção uruguaia, Oscar Tabárez, elogia a atitude de Forlán no final das eliminatórias. "Ele assumiu papel de protagonista no grupo, propôs desafios e aceitou responsabilidades."


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