São Paulo, quarta-feira, 06 de julho de 2011

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franzinos

Seleção brasileira que disputa a Copa América da Argentina é mais leve e baixa do que as que atuaram nas duas últimas edições da Copa do Mundo

MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A LOS CARDALES

A seleção brasileira encolheu. Para a Copa América da Argentina, o técnico Mano Menezes levou um time mais leve e mais baixo do que o que disputou as duas últimas edições da Copa do Mundo.
Os 23 jogadores que Dunga levou para a África do Sul tinham, em média, 1,83 m e 76 kg. Um ano depois, a média do time de Mano Menezes é de 1,80 m e 74,9 kg.
A diferença confirma a tendência de emagrecimento da seleção nacional.
Na Copa da Alemanha, em 2006, a média de peso era de 78 kg -muito por causa das presenças de Ronaldo e Adriano, que, além de grandes, estavam fora de forma.
As maiores mudanças no atual time em relação ao que jogou o Mundial da África do Sul se deram no meio de campo e no ataque.
Saíram "tanques" como Felipe Melo, Kaká e Luis Fabiano (todos com mais de 1,80 m e 80 kg) e entraram jogadores bem mais franzinos. Ramires, Neymar e Alexandre Pato são exemplos.
Com exceção de Paulo Henrique Ganso (1,82 m), todos os jogadores do meio de campo e do ataque do Brasil têm menos de 1,80 m.
A maior estrela da atual seleção é Neymar (1,74 m e 64 kg). A principal opção no banco de reservas é Lucas, que teve o nome gritado pela torcida nos últimos amistosos no Brasil e também na estreia na Copa América.
O meia-atacante do São Paulo é dos menores da seleção: 1,72 m e 70 kg. Só é mais alto que Jadson, 1,68 m.
O resultado dessa escolha é um time que joga muito pelo chão e que quase não busca os cruzamentos pelo alto.
Na Copa América, esse tipo de jogo é prejudicado pelo estilo da arbitragem, que permite um jogo mais físico, de mais contato, e pelos gramados, que, além de altos e fofos, são castigados pelo frio que faz na Argentina.
"Parece-me que atrapalhou, principalmente nossas jogadas de qualidade e velocidade", disse o técnico Mano Menezes sobre o campo, após o empate sem gols contra a Venezuela, no domingo.
Ontem, Pato também se queixou do gramado do estádio Ciudad de La Plata. "Não pode servir de desculpa, mas o campo era ruim", declarou o atacante do Milan.
Pato (1,79 m e 71 kg) só foi acionado pelo chão na partida contra os venezuelanos e acertou um chute no travessão. No único lance pelo alto, o árbitro anotou falta dele.
No sábado à tarde, o Brasil, integrante do Grupo B, joga contra a seleção do Paraguai, cujos defensores têm altura média de 1,80 m.
O próximo adversário da seleção não sofreu gol nos últimos quatro jogos, quando enfrentou a Bolívia (duas vezes), a Romênia e o Chile, este último em sua estreia na Copa América -um 0 a 0.


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