São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997.



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NATAÇÃO
Bicampeão olímpico, russo estranha assédio em visita a São Paulo e cita Pelé como esportista inesquecível
Popov diz que idolatria ainda o surpreende

FERNANDO ITOKAZU
da Reportagem Local

Apesar de ser bicampeão olímpico dos 50 m e 100 m livre, o nadador russo Alexander Popov não se considera um ídolo.
"Não entendo o fato de me apontarem como tal. Acho que uma criança poderia procurar seu ídolo dentro de si própria", afirmou Popov em conversa reservada com a Folha, anteontem.
"Mas, se as pessoas querem ser como eu, isso é bom, pois estou sempre querendo e tentando fazer o meu melhor."
Ele afirmou não saber apontar um ídolo para ele, mas citou Pelé como alguém que respeita.
"O Brasil pode ter vários outros bons jogadores de futebol, mas ninguém vai se esquecer dele. Pelé é único."
O nadador russo disse que só se deu conta do valor da conquista (duas medalhas de ouro) na Olimpíada de Barcelona, em 92, um ano e meio após o evento.
"Acontece tanta coisa que você não consegue assimilar. O impacto é muito grande."
Quando repetiu o feito no ano passado, em Atlanta, o nadador disse que estava mais preparado.
"A principal diferença entre as duas oportunidades aconteceu dentro de mim. Pude aproveitar melhor a experiência."
O russo se disse surpreso pelo assédio que vem sofrendo desde que chegou ao Brasil, na quinta-feira.
"Não consigo entender. Não vejo o Gustavo sendo tão solicitado", disse o russo, referindo-se ao brasileiro Gustavo Borges, medalha de bronze nos 100 m livre em Atlanta-97.



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