São Paulo, domingo, 06 de agosto de 2000


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FUTEBOL
Asprilla e Pena, destaques hoje contra o Grêmio, acham que faltam jogadores, diferentemente de técnico e diretor
Dividido, Palmeiras tenta recuperação


DA REPORTAGEM LOCAL

Faltam ou não jogadores para o Palmeiras? Esse é ponto de divergência entre dois dos principais atletas do time na atualidade e os responsáveis pelo comando da equipe, que enfrenta o Grêmio hoje, às 18h30, em Porto Alegre, pela Copa João Havelange.
Com um time formado, basicamente, por desconhecidos, o clube paulista vem de dois resultados ruins no Brasileiro-2000, uma derrota de 4 a 1 para o Vitória, em Salvador, e um empate em 0 a 0 com o Botafogo-RJ, em casa.
Para os atacantes Pena e Asprilla, estão faltando jogadores experientes na equipe, que os ajudem durante as partidas.
Já o técnico Marco Aurélio e o novo diretor de futebol do Palmeiras, Américo Faria, acham que o time está bem servido nesse aspecto e que precisa, sim, de mais tempo.
Por sinal, essa palavra é comum ao discurso dos quatros e de qualquer jogador palmeirense com quem se converse.
A diferença é que Pena e Asprilla querem ajuda para que esse tempo não seja longo demais.
""Faltam uns dois jogadores mais experientes, que cadenciem o jogo", disse Pena, anteontem, após o último coletivo da equipe antes de viajar para Porto Alegre.
""Esse é um problema que eu não tenho que resolver. O Palmeiras é que tem que resolver", afirmou o colombiano Asprilla.
""Ter jogadores como o Galeano e o Euller sem renovar é uma tristeza. O Felipão (Luiz Felipe Scolari, técnico que antecedeu Marco Aurélio) não deixaria uma coisa dessa", completou.
O dirigente Faria, que começou a trabalhar anteontem, já refutou a opinião. ""O time tem jogadores experientes", sentenciou. ""As equipes devem mesclar experiência com juventude."
Entre os nomes citados por ele e por Marco Aurélio, além do próprio Asprilla e do lateral paraguaio Arce, estão o zagueiro Gilmar, que foi bicampeão mundial pelo São Paulo, e o volante Fernando, com passagens pelo Inter-RS e pela Lusa.
Nas demais posições, a situação é diferente. O outro integrante da zaga, Thiago Matias, tem 17 anos. Na lateral esquerda, o titular Jorginho não tem passagens por clubes de mais expressão.
Essa condição se repete para os meias Flávio, Juninho e Alberto, todos titulares no último jogo.
Para explicar o que está sendo feito, o técnico palmeirense recorreu a uma das estrelas que deixaram o time recentemente.
""Estamos trabalhando para formar jogadores, como o Alex, que chegou aqui, ninguém conhecia e hoje é uma estrela no futebol", afirmou Marco Aurélio.
O meia, na verdade, chegou ao Palmeiras após ser destaque no Coritiba, um clube tradicional -foi campeão nacional em 1985.
O diretor de futebol do Palmeiras seguiu na mesma linha. Para Faria, há muita distância entre as várias divisões que formam jogadores no clube e o departamento profissional.
""É preciso um relacionamento maior", disse. A intenção dele é que um coordenador técnico passe a realizar esse trabalho.
Divergências a parte, Asprilla foi confirmado pelo treinador palmeirense para a partida de hoje, formando a dupla de ataque justamente com Pena.
No último jogo, contra o Botafogo-RJ, o colombiano começou no banco, já que havia se apresentado um dia antes, por ter ido ao seu país resolver problemas particulares.
(JOÃO CARLOS BOTELHO)




NA TV - Globo, ao vivo, às 18h30



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