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FUTEBOL
Asprilla e Pena, destaques hoje contra o Grêmio, acham que faltam jogadores, diferentemente de técnico e diretor
Dividido, Palmeiras tenta recuperação
DA REPORTAGEM LOCAL
Faltam ou não jogadores para o
Palmeiras? Esse é ponto de divergência entre dois dos principais
atletas do time na atualidade e os
responsáveis pelo comando da
equipe, que enfrenta o Grêmio
hoje, às 18h30, em Porto Alegre,
pela Copa João Havelange.
Com um time formado, basicamente, por desconhecidos, o clube paulista vem de dois resultados
ruins no Brasileiro-2000, uma
derrota de 4 a 1 para o Vitória, em
Salvador, e um empate em 0 a 0
com o Botafogo-RJ, em casa.
Para os atacantes Pena e Asprilla, estão faltando jogadores experientes na equipe, que os ajudem
durante as partidas.
Já o técnico Marco Aurélio e o
novo diretor de futebol do Palmeiras, Américo Faria, acham
que o time está bem servido nesse
aspecto e que precisa, sim, de
mais tempo.
Por sinal, essa palavra é comum
ao discurso dos quatros e de qualquer jogador palmeirense com
quem se converse.
A diferença é que Pena e Asprilla querem ajuda para que esse
tempo não seja longo demais.
""Faltam uns dois jogadores
mais experientes, que cadenciem
o jogo", disse Pena, anteontem,
após o último coletivo da equipe
antes de viajar para Porto Alegre.
""Esse é um problema que eu
não tenho que resolver. O Palmeiras é que tem que resolver", afirmou o colombiano Asprilla.
""Ter jogadores como o Galeano
e o Euller sem renovar é uma tristeza. O Felipão (Luiz Felipe Scolari, técnico que antecedeu Marco
Aurélio) não deixaria uma coisa
dessa", completou.
O dirigente Faria, que começou
a trabalhar anteontem, já refutou
a opinião. ""O time tem jogadores
experientes", sentenciou. ""As
equipes devem mesclar experiência com juventude."
Entre os nomes citados por ele e
por Marco Aurélio, além do próprio Asprilla e do lateral paraguaio Arce, estão o zagueiro Gilmar, que foi bicampeão mundial
pelo São Paulo, e o volante Fernando, com passagens pelo Inter-RS e pela Lusa.
Nas demais posições, a situação
é diferente. O outro integrante da
zaga, Thiago Matias, tem 17 anos.
Na lateral esquerda, o titular Jorginho não tem passagens por clubes de mais expressão.
Essa condição se repete para os
meias Flávio, Juninho e Alberto,
todos titulares no último jogo.
Para explicar o que está sendo
feito, o técnico palmeirense recorreu a uma das estrelas que deixaram o time recentemente.
""Estamos trabalhando para formar jogadores, como o Alex, que
chegou aqui, ninguém conhecia e
hoje é uma estrela no futebol",
afirmou Marco Aurélio.
O meia, na verdade, chegou ao
Palmeiras após ser destaque no
Coritiba, um clube tradicional
-foi campeão nacional em 1985.
O diretor de futebol do Palmeiras seguiu na mesma linha. Para
Faria, há muita distância entre as
várias divisões que formam jogadores no clube e o departamento
profissional.
""É preciso um relacionamento
maior", disse. A intenção dele é
que um coordenador técnico passe a realizar esse trabalho.
Divergências a parte, Asprilla
foi confirmado pelo treinador
palmeirense para a partida de hoje, formando a dupla de ataque
justamente com Pena.
No último jogo, contra o Botafogo-RJ, o colombiano começou
no banco, já que havia se apresentado um dia antes, por ter ido ao
seu país resolver problemas particulares.
(JOÃO CARLOS BOTELHO)
NA TV - Globo, ao vivo, às 18h30
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