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Eliminação dá início a mudanças
Ricardo Gomes terá seu futuro decidido pelo clube, que tentará reforço na lateral e no ataque
DE SÃO PAULO
Um longo abraço entre o
goleiro Rogério, em lágrimas, e o meia Hernanes selava o fim de um São Paulo ontem à noite, após a eliminação diante do Inter. Era o
marco da reformulação que
se ensaia no time após a queda na Taça Libertadores.
Uma mudança que pode
não ter o técnico Ricardo Gomes. Logo após o jogo, o treinador disse: "Meu vínculo
com o São Paulo ia até o final
da Libertadores. Até hoje.
Queria ficar, mas neste caso
minha vontade não conta".
Treinador e diretoria se
reúnem hoje. Mas João Paulo
de Jesus Lopes, o diretor de
futebol, declarou que Gomes
fica até pelo menos domingo,
quando o time enfrenta o
Atlético-PR, pelo Brasileiro,
na Arena da Baixada.
"Domingo é o Ricardo. A
questão não é tão simples assim", afirmou o cartola.
No clube, alguns já apostavam, antes do jogo, na queda
imediata do técnico. "Assumo a responsabilidade. O time foi bem, menos no primeiro tempo em Porto Alegre", afirmou Gomes.
A única certeza, ontem,
era a oficialização da transferência do meio-campista
Hernanes para a Lazio, acertada desde terça-feira. Foi
sua despedida a razão do
abraço em Rogério.
"Saio de cabeça erguida
porque fizemos o que tínhamos que fazer. O São Paulo
foi minha história desde
2001. Queria sair com a Libertadores. Mas espero muitas
coisas do futuro", disse.
Agora, ele irá para a seleção -ontem, o técnico Mano
Menezes assistiu ao jogo de
um camarote no Morumbi,
após ter reclamado do trânsito paulistano pelo Twitter.
Outros atletas podem sair
se houver propostas até o fim
da janela de transferência,
como Dagoberto e Miranda.
O clube carece de contratação para a lateral direita. E
possivelmente será procurada mais uma opção ofensiva.
Mas o elenco não é tido como problema pela diretoria.
É com a atual base que os dirigentes pretendem se recuperar no Brasileiro -o time
ocupa hoje o nono lugar.
Nos últimos quatro anos,
conseguiram três títulos e
uma vaga na Libertadores,
em 2009. Voltar à competição continental é o mínimo
para os são-paulinos.
(CAROLINA ARAÚJO E RODRIGO MATTOS)
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