São Paulo, quarta-feira, 06 de setembro de 2006

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Na "galera", Dunga grita e acaricia pupilo

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES

Dunga gritou, xingou, reclamou do árbitro e, à medida que a vitória se construía, vibrou muito -como quando jogava.
Com a torcida sentada bem perto do banco da seleção brasileira, o desempenho do técnico à beira do gramado foi um espetáculo à parte.
Muito mais ativo em sua terceira partida como técnico, Dunga ficou em pé desde o primeiro minuto de jogo, orientando principalmente a defesa e o lateral-direito Maicon.
Sua irritação com os passes errados da seleção chamaram atenção. Num ataque desperdiçado por um erro de Ronaldinho, o técnico xingou como em seus tempos de jogador.
Na coletiva de imprensa depois do jogo, Dunga explicaria sua agitação. "Encontramos muita dificuldade, o País de Gales é uma equipe que se fecha muito, bem rápida, com dois jogadores no contra-ataque."
A postura do treinador no segundo tempo melhoraria à medida que a vitória brasileira ia sendo construída.
"No primeiro tempo, insistimos muito pelo meio e demos chance para o contra-ataque. Depois, tivemos paciência para trabalhar a bola, tocar até abrir o espaço para penetrarmos."
Nas substituições, Kaká e Ronaldinho foram cumprimentados com alegria, mas o estreante Marcelo, autor do primeiro gol, foi quem ganhou mais elogios e até um abraço afetuoso.
"É um jogador de grande qualidade, tem bom chute e boa técnica", diria Dunga depois.
O técnico afirmou não fechar as portas para Ronaldo. "A seleção está sempre aberta. Quando surgir a oportunidade, cada um vai ser convocado."


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