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Na "galera", Dunga grita e acaricia pupilo
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES
Dunga gritou, xingou, reclamou do árbitro e, à medida que
a vitória se construía, vibrou
muito -como quando jogava.
Com a torcida sentada bem
perto do banco da seleção brasileira, o desempenho do técnico à beira do gramado foi um
espetáculo à parte.
Muito mais ativo em sua terceira partida como técnico,
Dunga ficou em pé desde o primeiro minuto de jogo, orientando principalmente a defesa
e o lateral-direito Maicon.
Sua irritação com os passes
errados da seleção chamaram
atenção. Num ataque desperdiçado por um erro de Ronaldinho, o técnico xingou como em
seus tempos de jogador.
Na coletiva de imprensa depois do jogo, Dunga explicaria
sua agitação. "Encontramos
muita dificuldade, o País de Gales é uma equipe que se fecha
muito, bem rápida, com dois jogadores no contra-ataque."
A postura do treinador no segundo tempo melhoraria à medida que a vitória brasileira ia
sendo construída.
"No primeiro tempo, insistimos muito pelo meio e demos
chance para o contra-ataque.
Depois, tivemos paciência para
trabalhar a bola, tocar até abrir
o espaço para penetrarmos."
Nas substituições, Kaká e Ronaldinho foram cumprimentados com alegria, mas o estreante Marcelo, autor do primeiro
gol, foi quem ganhou mais elogios e até um abraço afetuoso.
"É um jogador de grande
qualidade, tem bom chute e boa
técnica", diria Dunga depois.
O técnico afirmou não fechar
as portas para Ronaldo. "A seleção está sempre aberta. Quando surgir a oportunidade, cada
um vai ser convocado."
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