São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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Rogério segura empate no fim em BH

Goleiro defende pênalti, evita derrota para o Atlético-MG, e São Paulo abre 9 pontos sobre o Cruzeiro

Atlético-MG 0
São Paulo 0

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes da partida de ontem, Rogério recebeu uma placa da administração do Mineirão. Ela lembra um feito de 20 de agosto do ano passado, mas, para o torcedor do São Paulo, a grande façanha foi aos 45min do segundo tempo de ontem.
No ano passado, o goleiro fez dois gols no Cruzeiro, num empate em 2 a 2, e superou a marca de 62 gols estabelecida pelo paraguaio José Luis Chilavert.
Ontem, parou uma cobrança de pênalti do atleticano Coelho, impedindo que o time do Morumbi saísse derrotado de Belo Horizonte. Adiantou-se com um passo, defendeu e deu um rebote. Coelho tentou pegar a sobra e foi parado de novo. "Acho que sou o goleiro com menos azar do país", brincou Rogério, depois do jogo.
Com o empate em 0 a 0, o São Paulo abriu mais um ponto de vantagem sobre o Cruzeiro -agora são nove de diferença entre líder e vice, que tem uma partida a menos. A defesa se manteve firme: são oito jogos sem sofrer gol no Nacional.
O jogo de ontem foi marcado por uma falta grotesca do goleiro Edson no segundo tempo. Ao pular para pegar uma bola que vinha pelo alto, ele acertou com a sola a barriga de Jorge Wagner. Poderia ter sido pênalti ou, no mínimo, uma falta indireta na área dos mineiros.
Pelo lado do Atlético-MG, a reclamação foi por um vermelho de Breno, por falta no atacante Eder Luiz. Paulo Godoy Bezerra só deu amarelo.
O primeiro tempo era ruim para o São Paulo até que os refletores se apagaram no estádio. Após quase dez minutos de blecaute, a luz foi restabelecida.
E a partir daí o São Paulo dominou: foram seis finalizações contadas pelo Datafolha, das quais três obrigaram Edson a praticar defesas e uma, em cobrança de Jorge Wagner, foi para a trave direita.
Mas houve um problema: o excesso de precaução de Muricy Ramalho. O técnico não levou o zagueiro Miranda a Belo Horizonte, para poupá-lo de um terceiro cartão amarelo e contar com ele contra o Vasco.
Muricy não esperava que o zagueiro Alex Silva sentisse o músculo da coxa. Sem nenhum reserva para o setor, ele pôs em campo o volante Fernando, recuando Richarlyson.
No segundo tempo, o Atlético-MG reequilibrou o jogo, que ficou mais feio, truncado. Um dos melhores lances surgiu num acidente quase feliz para o são-paulino. Souza cruzou da direita, e a bola se chocou contra a trave direita de Edson.
Com dificuldades de penetração e de conclusão, já que Dagoberto finalizava mal, Muricy mexeu no ataque. Primeiro tirou seu atacante mais rápido e pôs Borges. Depois, aos 33min, Aloísio saiu com dores e deu a vaga a Diego Tardelli.
Após isso, aos 45min do segundo tempo, o atacante Danilinho invadiu a área driblando Richarlyson, que o tocou com a perna. Pênalti bem marcado por Bezerra, mas perdido.
No sábado, o São Paulo viaja ao Rio, onde enfrenta o Vasco.


Colaborou a Agência Folha, em Belo Horizonte


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