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Rogério segura empate no fim em BH
Goleiro defende pênalti, evita derrota para o Atlético-MG, e São Paulo abre 9 pontos sobre o Cruzeiro
Atlético-MG 0
São Paulo 0
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes da partida de ontem,
Rogério recebeu uma placa da
administração do Mineirão.
Ela lembra um feito de 20 de
agosto do ano passado, mas, para o torcedor do São Paulo, a
grande façanha foi aos 45min
do segundo tempo de ontem.
No ano passado, o goleiro fez
dois gols no Cruzeiro, num empate em 2 a 2, e superou a marca de 62 gols estabelecida pelo
paraguaio José Luis Chilavert.
Ontem, parou uma cobrança
de pênalti do atleticano Coelho,
impedindo que o time do Morumbi saísse derrotado de Belo
Horizonte. Adiantou-se com
um passo, defendeu e deu um
rebote. Coelho tentou pegar a
sobra e foi parado de novo.
"Acho que sou o goleiro com
menos azar do país", brincou
Rogério, depois do jogo.
Com o empate em 0 a 0, o São
Paulo abriu mais um ponto de
vantagem sobre o Cruzeiro
-agora são nove de diferença
entre líder e vice, que tem uma
partida a menos. A defesa se
manteve firme: são oito jogos
sem sofrer gol no Nacional.
O jogo de ontem foi marcado
por uma falta grotesca do goleiro Edson no segundo tempo.
Ao pular para pegar uma bola
que vinha pelo alto, ele acertou
com a sola a barriga de Jorge
Wagner. Poderia ter sido pênalti ou, no mínimo, uma falta
indireta na área dos mineiros.
Pelo lado do Atlético-MG, a
reclamação foi por um vermelho de Breno, por falta no atacante Eder Luiz. Paulo Godoy
Bezerra só deu amarelo.
O primeiro tempo era ruim
para o São Paulo até que os refletores se apagaram no estádio. Após quase dez minutos de
blecaute, a luz foi restabelecida.
E a partir daí o São Paulo dominou: foram seis finalizações
contadas pelo Datafolha, das
quais três obrigaram Edson a
praticar defesas e uma, em cobrança de Jorge Wagner, foi para a trave direita.
Mas houve um problema: o
excesso de precaução de Muricy Ramalho. O técnico não levou o zagueiro Miranda a Belo
Horizonte, para poupá-lo de
um terceiro cartão amarelo e
contar com ele contra o Vasco.
Muricy não esperava que o
zagueiro Alex Silva sentisse o
músculo da coxa. Sem nenhum
reserva para o setor, ele pôs em
campo o volante Fernando, recuando Richarlyson.
No segundo tempo, o Atlético-MG reequilibrou o jogo, que
ficou mais feio, truncado. Um
dos melhores lances surgiu
num acidente quase feliz para o
são-paulino. Souza cruzou da
direita, e a bola se chocou contra a trave direita de Edson.
Com dificuldades de penetração e de conclusão, já que
Dagoberto finalizava mal, Muricy mexeu no ataque. Primeiro
tirou seu atacante mais rápido
e pôs Borges. Depois, aos
33min, Aloísio saiu com dores e
deu a vaga a Diego Tardelli.
Após isso, aos 45min do segundo tempo, o atacante Danilinho invadiu a área driblando
Richarlyson, que o tocou com a
perna. Pênalti bem marcado
por Bezerra, mas perdido.
No sábado, o São Paulo viaja
ao Rio, onde enfrenta o Vasco.
Colaborou a Agência Folha, em Belo Horizonte
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