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Para COI, Jogos devem se adaptar à Copa-14
DO ENVIADO A COPENHAGUE
A Copa-2014 não impediu o
COI (Comitê Olímpico Internacional) de dar ao Rio os Jogos
de 2016. Mas membros da entidade veem a necessidade de
adaptar os planos financeiros e
de marketing da Olimpíada pela realização dos eventos com
dois anos de diferença.
A cúpula do comitê, no entanto, não prevê redução nas
suas receitas com a vitória do
Rio. Mas há a ressalva de que o
impacto do triunfo carioca terá
de ser analisado no futuro.
"Esperamos que não [exista
queda na renda]. Está claro que
o COI não escolheu pelo volume de dinheiro. Se levássemos
em conta o dinheiro, teríamos
escolhido Chicago", afirmou o
presidente do COI, Jacques
Rogge. "Não acho que haverá
redução das receitas para o movimento olímpico."
Nos Jogos de Atenas-2004,
último com receita total disponível no site do COI, a arrecadação foi de US$ 4,2 bilhões.
Os direitos de TV não sofrerão interferência da Copa -estão em curso negociações com
TVs americanas. Mas é certo
que, caso Chicago tivesse vencido a disputa por 2016, as rendas de TV seriam maiores, Mas,
segundo membros do COI, os
Jogos no Rio não devem representar uma queda de receita.
A questão será o tratamento
dado a patrocinadores, grande
fonte de recursos do COI.
Quanto aos parceiros globais,
não há conflito, pois Fifa e comitê têm associações distintas.
A dúvida paira sobre os patrocínios locais, cerca de um quarto
do total das receitas.
"Eu acho que é uma vantagem. Poderia se alcançar uma
estratégia em comum [entre os
dois comitês] com os patrocinadores locais", afirmou o
membro do COI, Willi Kaltschmitt, da Guatemala.
Líder do comitê Rio-2016,
Carlos Arthur Nuzman, vai
procurar os organizadores da
Copa. Mas não deve haver um
plano de marketing conjunto.
"Quando os Jogos foram em
Atlanta-1996, a Copa foi antes.
E em Atlanta nem se sabia que
haveria a Copa por lá porque
não era o país do futebol", afirmou o delegado israelense do
COI Alex Gilady, que mostrava
preocupação com o impacto
dos dois eventos antes da eleição da cidade brasileira.
Ainda na comparação com os
EUA, Anita DeFrantz, americana membro do COI, reconhece
que seu país tem um volume
maior de dinheiro para ser investido nesses eventos. Mas
acha que não deve se levar em
conta só a questão financeira.
"[A Copa] Vai ajudar. Vai forçar as coisas a ficarem prontas
antes. É uma boa preparação
para os Jogos, que são maiores", disse Kaltschmitt.
(RM)
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