|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Documentos da CBF causam polêmica
da Reportagem Local
Documentos conflitantes expedidos pela Confederação Brasileira de Futebol sobre a situação do
atacante Sandro Hiroshi são o
principal motivo para que tanto o
Botafogo-RJ quanto o São Paulo
manifestem segurança de que estão com razão na disputa jurídica
que travam pelos pontos da partida disputada em agosto, que foi
vencida pelos paulistas por 6 a 1.
Ao São Paulo, a CBF notificou
que a inscrição do jogador havia
sido aceita e que portanto Hiroshi
teria totais condições de jogar.
Ao Botafogo-RJ, a entidade notificou que o passe do jogador estava bloqueado em virtude de
suspeitas de irregularidades de
sua transferência do Tocantinópolis (TO) ao Rio Branco (SP),
cinco anos antes. Por isso, Hiroshi
estava impedido de atuar no dia 4
de agosto, quando as duas equipes se enfrentaram.
A existência de documentos
""dúbios" foi admitida até pelo
presidente do Tribunal de Justiça
Desportiva da CBF, Sérgio Zveiter. Após o julgamento, ele disse
que isso prejudicou o São Paulo.
No processo contra o São Paulo,
o Botafogo-RJ fez três acusações
contra Hiroshi: que a sua transferência para o Rio Branco havia sido irregular, que ele estava jogando com documentos falsos (o jogador é um ano mais velho do que
sua carteira de identidade atesta)
e que seu passe estava bloqueado.
A Comissão Disciplinar rejeitou
as duas primeiras acusações, mas
aceitou a terceira.
O São Paulo recorreu dessa decisão, mas foi derrotado também
no plenário do TJD.
O clube paulista e o Sindicato
dos Clubes Profissionais do Estado de São Paulo alegam que os auditores cometeram uma série de
irregularidades no julgamento.
A principal foi se negar a levar
em conta que o São Paulo jamais
foi notificado pela CBF que não
poderia utilizar o jogador. Assim,
o clube afirma que agiu de boa-fé
ao escalar Hiroshi e que, portanto, não pode ser punido.
Outra afirmação dos paulistas é
que, diante de dois documentos
contraditórios, o TJD aceitou apenas o exibido pelo Botafogo-RJ.
Já os cariocas dizem que a situação do registro do jogador alterou-se ao longo do Brasileiro, e
que, no dia do jogo, Hiroshi não
poderia ter atuado.
(AGz e MD)
Texto Anterior: Bastos Neto cogitou rezar pelo rival Próximo Texto: Torneio pode atrasar 15 dias Índice
|