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Falta experiência a Fabiana, diz técnico
Repetição de incidente como o de Pequim, quando equipamento se extraviou, não prejudicará atleta no futuro, diz time
Técnico Vitali Petrov, que
orienta recordista mundial
e
veio dar clínicas no país,
projeta maturação técnica e
psicológica para Londres-12
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ucraniano Vitali Petrov,
técnico da campeã olímpica do
salto com vara Ielena Isinbaieva, acredita que a brasileira Fabiana Murer evoluirá até 2012
o suficiente a ponto de eventual
repetição do incidente que a
prejudicou em Pequim não a
afete nos Jogos de Londres.
""Acho que faltou tranqüilidade a ela [Fabiana] e ao Elson
[Miranda, técnico de Murer], e
um pouco de experiência. Com
mais calma, poderiam ter manejado a situação com mais calma. Porém ela perdeu a concentração", analisou ontem Petrov, que há anos colabora com
a dupla e veio ao Brasil ministrar clínica a atletas do país.
Esta é a quinta oportunidade
em que o ucraniano, que já treinou também o russo Serguei
Bubka (dono de 35 recordes no
salto com vara), viaja ao Brasil.
Nos Jogos Olímpicos de Pequim, uma das dez varas de Fabiana, 27, desaparecera antes
de ela saltar, e a brasileira se desestruturou psicologicamente.
""Nosso projeto é que ela se
"realize". Ou seja, alcance um
ponto físico e psicológico em
que nada a afetará, ou afetará
menos na mesma situação
[Olimpíada de Londres-2012]."
Dentro dessa mesma linha de
pensamento, Miranda oferece
outros motivos pelos quais o
drama por que passou sua pupila não se repetirá no futuro.
""Hoje a Fabiana usa uma gama de varas com flexibilidades
muito distintas por seu estágio
técnico atual", argumenta Miranda. ""Mas com mais maturidade, utilizará varas com flexibilidades menos diferentes, então, mesmo que suma uma delas, não fará tanta diferença."
A próxima meta na preparação de Fabiana é estabilizar sua
marca em torno de 4,80 m e
evitar discrepância entre seus
saltos. Sua equipe acredita que
nos Jogos de Londres quem
atingir a marca de 4,85 m conquistará um lugar no pódio.
Petrov fez uma crítica velada
ao calendário do atletismo brasileiro durante anos de Olimpíada. Apontou que Isinbaieva
participou de sua primeira
competição neste ano em 11 de
julho, enquanto Fabiana participou de seu primeiro evento
em 5 de maio, o que significa
que passou por mais desgaste.
""Li nas entrelinhas o recado
do Petrov. Em ano de Olimpíada, ela pode começar a participar do calendário brasileiro
mais tarde. Tudo, dentro da legalidade, é válido para conquistar medalha olímpica", diz Sergio Coutinho, diretor do clube
de atletismo BM&FBovespa,
patrocinador de Fabiana.
Sobre sua outra pupila, a russa Isinbaieva, dona do recorde
mundial, Petrov prevê que chegará à marca de ""5,15 m, 5,20
m", e que deve parar depois dos
Jogos Olímpicos de Londres-2012. O último recorde que
atleta registrou, na Olimpíada
de Pequim, é de 5,05 m.
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