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Oposição santista adota plataforma anti-Luxemburgo
Se vencer, grupo de Luis Alvaro Oliveira cortará poder de novo treinador em contratações e na comissão técnica
Técnico atual do Santos diz que não fica no clube se opositores vencerem e os chama de despreparados para gestão do futebol
LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
A chapa de oposição do Santos apresentou ontem seus
candidatos, suas propostas e
seu plano para evitar um novo
Vanderlei Luxemburgo. Além
de declarar que o atual treinador não fica no clube caso vençam, os oposicionistas, liderados pelo empresário Luis Alvaro de Oliveira, anunciaram medidas que vão na contramão
dos hábitos do técnico no time.
O plano de governo da chapa
Resgate Santista prevê uma comissão técnica fixa do clube -o
novo treinador só poderá contratar um assistente. Luxemburgo é conhecido por carregar
consigo vários profissionais.
A cartilha da oposição também veta a participação do treinador em negociações e contratações de atletas, assim como sua interferência em assuntos do alto escalão do clube.
Luxemburgo foi demitido do
Palmeiras ao se irritar com a
negociação do atacante Keirrison. E, quando chegou ao Santos, afirmou que buscaria novos parceiros ao clube. Anteontem, sugeriu que o time crie um
fundo de investimentos -ele
poderia ser o coordenador.
"Não é preciso ser nenhum
grande analista para entender
que o Luxemburgo, no atual estágio, tem um outro conjunto
de interesses que não são necessariamente apenas os de um
treinador", disse Oliveira.
"A condição que ele colocou,
de ser mais do que um treinador, um manager, fez com que o
Beluzzo [Luiz Gonzaga, presidente do Palmeiras] resolvesse
romper o contrato dele, pois estava extravasando em funções
que o contrato dele não previa."
Luxemburgo não quer ficar
em caso de derrota do presidente Marcelo Teixeira, que
deve ser candidato à reeleição.
"Eles [oposição] também já disseram que, se eleitos, não gostariam de trabalhar comigo. A
recíproca é verdadeira".
Em seguida, criticou. "Eu vejo uma oposição despreparada
para ver que o futebol mudou.
Acho legal o Mano Menezes interferir em contratações. Agora
chega uma oposição que não
tem discernimento do que é o
futebol e que acha que o técnico
tem que ser como antigamente,
preocupado só com 45 minutos
de treinamento", disse.
Os opositores veem nesta
eleição sua maior oportunidade de interromper a gestão Teixeira, presidente desde 2000,
pelo mau desempenho do time.
Já Marcelo Teixeira, que praticamente definiu sua candidatura, se mostra seguro. "Nas urnas, eles [sócios] vão mensurar
aquilo que foi feito e o que ainda podemos fazer pelo Santos.
Não quero menosprezar a oposição, mas a gente não vê propostas completas", afirmou.
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