São Paulo, sexta-feira, 06 de novembro de 2009

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Oposição santista adota plataforma anti-Luxemburgo

Se vencer, grupo de Luis Alvaro Oliveira cortará poder de novo treinador em contratações e na comissão técnica

Técnico atual do Santos diz que não fica no clube se opositores vencerem e os chama de despreparados para gestão do futebol

LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

A chapa de oposição do Santos apresentou ontem seus candidatos, suas propostas e seu plano para evitar um novo Vanderlei Luxemburgo. Além de declarar que o atual treinador não fica no clube caso vençam, os oposicionistas, liderados pelo empresário Luis Alvaro de Oliveira, anunciaram medidas que vão na contramão dos hábitos do técnico no time.
O plano de governo da chapa Resgate Santista prevê uma comissão técnica fixa do clube -o novo treinador só poderá contratar um assistente. Luxemburgo é conhecido por carregar consigo vários profissionais.
A cartilha da oposição também veta a participação do treinador em negociações e contratações de atletas, assim como sua interferência em assuntos do alto escalão do clube.
Luxemburgo foi demitido do Palmeiras ao se irritar com a negociação do atacante Keirrison. E, quando chegou ao Santos, afirmou que buscaria novos parceiros ao clube. Anteontem, sugeriu que o time crie um fundo de investimentos -ele poderia ser o coordenador.
"Não é preciso ser nenhum grande analista para entender que o Luxemburgo, no atual estágio, tem um outro conjunto de interesses que não são necessariamente apenas os de um treinador", disse Oliveira.
"A condição que ele colocou, de ser mais do que um treinador, um manager, fez com que o Beluzzo [Luiz Gonzaga, presidente do Palmeiras] resolvesse romper o contrato dele, pois estava extravasando em funções que o contrato dele não previa."
Luxemburgo não quer ficar em caso de derrota do presidente Marcelo Teixeira, que deve ser candidato à reeleição. "Eles [oposição] também já disseram que, se eleitos, não gostariam de trabalhar comigo. A recíproca é verdadeira".
Em seguida, criticou. "Eu vejo uma oposição despreparada para ver que o futebol mudou. Acho legal o Mano Menezes interferir em contratações. Agora chega uma oposição que não tem discernimento do que é o futebol e que acha que o técnico tem que ser como antigamente, preocupado só com 45 minutos de treinamento", disse.
Os opositores veem nesta eleição sua maior oportunidade de interromper a gestão Teixeira, presidente desde 2000, pelo mau desempenho do time.
Já Marcelo Teixeira, que praticamente definiu sua candidatura, se mostra seguro. "Nas urnas, eles [sócios] vão mensurar aquilo que foi feito e o que ainda podemos fazer pelo Santos. Não quero menosprezar a oposição, mas a gente não vê propostas completas", afirmou.


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