São Paulo, sexta-feira, 06 de novembro de 2009

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AÇÃO

O velho e o novo Brasileiro


Com vários candidatos ao título até a última etapa e um novo campeão em 2009, SuperSurf manteve tradição


CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

FECHANDO o ciclo de dez anos sob a bandeira SuperSurf, o circuito brasileiro manteve a escrita, vários candidatos ao título até a última etapa e um novo vencedor. A quinta e decisiva prova foi disputada na Barra da Tijuca, Rio, e pela primeira vez um cearense foi campeão brasileiro de surfe profissional.
Messias Félix ficou com o título tendo de acompanhar, da areia, agoniado, as baterias semifinais e finais.
Seu único rival a essa altura era Pedro Henrique, que estava na água na decisão. Mas, para a sorte de Félix, David do Carmo levou a melhor sobre Pedro Henrique e ele pode comemorar o inédito título.
Félix se tornou o oitavo campeão da década. O único bicampeão do circuito nesses anos foi Léo Neves, e um segundo será decidido entre Jihad Kohdr, que tem seu segundo título sub judice em razão de doping, e Renato Galvão. E é mais provável que fique com o segundo, uma vez que Jihad deve desistir do processo para poder voltar ao Brasileiro, já que no Mundial, que disputa este ano, não se classificará para 2010.
Na categoria feminina ocorria o contrário, três atletas -Tita Tavares, Andréa Lopes e Silvana Lima- dominaram a cena nos últimos anos, mas a paulista Suelen Naraisa quebrou a onda do trio. Suelen e Félix são negros e fecham uma fase promissora para o surfe nacional.
A partir de 2010 o circuito será o Brasil Tour. Deverá ter de 25 a 30 provas ao ano espalhadas pelo país, variando de nível 1A, com R$ 15 mil em prêmios e 250 pontos para o ranking, até 6A, de R$ 60 mil e 3.500 pontos. Ao final da temporada, os sete melhores resultados serão somados.
As provas terão cinco dias de período de espera e crescerão de 48 para 64 atletas. Os novos competidores serão convidados, idealmente atletas da nova geração, além dos mais bem ranqueados da divisão de acesso da própria temporada.
As mudanças no nacional estão alinhadas com propostas para o Mundial em 2010, tornam a competição mais dinâmica, ampliam o grupo de competidores e promovem a renovação na própria temporada.

PANAMERICANO DE SURFE
Começa amanhã em Olivença, BA, a nona edição dos Jogos, a primeira no Brasil, cujo time defende o título. São 15 atletas por equipe, divididos em open, júnior, longboard, bodyboard, masculino e feminino.

KITESURFE
O Superkite Brasil, sétima etapa do Mundial da KPWT, reúne cerca de 100 atletas desde quarta na Lagoa do Cauípe, em Cumbuco, CE.

KITETUDE
É o projeto de Guilly Brandão, bicampeão mundial de kitesurfe, e Pedro Bueno. A primeira ação é plantar árvores em Ilhabela para neutralizar a regata Rei da Ilha.

sarli@trip.com.br


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