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Seleção acredita que é o melhor time da história
Equipe afirma que derrotaria legendas do passado, como URSS, EUA e Itália
Para Dante, nem italianos nos anos 90 igualaram os feitos do Brasil, hegemônico no mundo desde 2001, com 14 troféus em 18 torneios
DA REPORTAGEM LOCAL
A conquista do bicampeonato mundial já faz a seleção masculina de vôlei se auto-intitular
o melhor time da história. O
Brasil mantém hegemonia nos
principais torneios -Mundial e
Olimpíada- há quatro anos.
"Gostaria de jogar um quadrangular contra a União Soviética, os EUA e a Itália para
ver quem seria o vencedor. Em
cada década uma nação fez história. Queria ver o que daria um
campeonato desses", disse Giba. "Eu apostaria minhas fichas
no Brasil", acrescentou ele.
O ponta se refere às maiores
seleções de vôlei já formadas.
A União Soviética dominou
as quadras nos anos 70 e início
dos 80, com dois títulos mundiais (1978 e 1982) e um olímpico (1980). Nos Jogos de Moscou, no entanto, a equipe foi beneficiada com o boicote de vários países, inclusive os EUA.
Os norte-americanos predominaram em seguida. Conquistaram o ouro nos Jogos de Los
Angeles (1984) e Seul (1988) e o
título do Mundial de 1986.
A Itália, até então apontada
como a maior seleção que o
mundo já havia visto em quadra, foi a única equipe que obteve um tricampeonato mundial
(1990, 1994 e 1998). O time italiano também subiu oito vezes
ao alto do pódio na Liga Mundial entre 1990 e 2000.
"Falam muito da Itália da década de 90. Mas essa seleção
não ganhou a Olimpíada. E nós
vencemos e vamos em busca de
outro ouro olímpico em Pequim [em 2008]. Daí, para alguém igualar a gente, terá que
ganhar tudo e mais uma Olimpíada", argumentou Dante.
Sob o comando do técnico
Bernardinho, que assumiu a seleção em 2001, o Brasil disputou 18 campeonatos oficiais.
Foi finalista de 17. Ganhou 14.
Não bastasse isso, a equipe
brasileira não titubeou nas
mais importantes competições.
Venceu cinco Ligas Mundiais
(2001, 2003, 2004, 2005 e
2006), dois Mundiais (2002 e
2006) e uma Olimpíada (2004).
Seu único fiasco foi no Pan-Americano de Santo Domingo,
quando ficou de fora da final,
após derrota surpreendente
para a Venezuela, e teve que se
contentar com o bronze.
Para Dante, o trunfo da equipe de vôlei foi saber administrar o fato de ser favorita, façanha não alcançada pela seleção
de futebol, que fracassou na
busca pelo hexacampeonato na
Copa do Mundo da Alemanha.
"Completamos mais um capítulo da nossa história ao obter esse título de bicampeões,
que poucas seleções no mundo
já conseguiram. O grupo mostrou mais uma vez que consegue agüentar a pressão para
vencer", afirmou o atleta.
Entrosado com Dante até no
discurso, Giba também fez uso
de metáfora literária para explicar a hegemonia nacional.
"Estamos fazendo história.
Continuamos escrevendo nossas páginas. O Brasil é o time a
ser batido. Mas vimos, neste
Mundial, que é cada vez mais
difícil se manter no topo."
Para Anderson, o elenco enfrentou mais percalços neste
Mundial que no anterior.
"Em 2002, o Brasil era um time que estava chegando. Não
era tão conhecido. Agora a situação era diferente. É mais difícil confirmar o favoritismo",
analisou o oposto.0
(ADALBERTO LEISTER FILHO E MARIANA LAJOLO)
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