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Convencimento levou dois meses, diz Antônio Carlos
DA REPORTAGEM LOCAL
Antônio Carlos Zago foi
apresentado ontem como o novo diretor técnico do Corinthians, mas sua carreira como
dirigente começou bem antes,
quando ainda era jogador.
De acordo com o novo cartola corintiano, há quase dois meses, logo depois de Andrés Sanches ter sido eleito presidente e
lhe ter feito o convite para trabalhar no clube, ele vem atuando de maneira informal.
Antônio Carlos afirmou que
foi nesse período que ele iniciou conversas com Sidney, auxiliar de Mano Menezes, para
tentar seduzir o treinador gaúcho a ir para o Corinthians na
próxima temporada.
"Foram dois meses para tentar convencê-lo. Nunca conversei direto com o Mano, mas
sempre falei com o auxiliar dele, que eu conheço desde o São
Paulo, onde ele jogou comigo",
disse o ex-zagueiro.
À época dos contatos com
Sidney, Antônio Carlos ainda
era jogador do Santos. O agora
dirigente, no entanto, afirma
que não vê nenhum problema
em ter seguido como atleta do
clube da Vila Belmiro ao mesmo tempo em que já desenvolvia seu projeto para montar o
novo time do Corinthians.
"Não vejo nada demais nisso.
Até porque o presidente do
Santos e o Vanderlei [Luxemburgo] já sabiam da minha intenção de encerrar a carreira",
disse o ex-atleta, agora cartola.
A atitude de Antônio Carlos
foi apoiada pelo vice de futebol
corintiano, Mario Gobbi. "Eu
desconhecia esse fato, mas
acho perfeitamente normal. É
natural que nas horas de folga
você faça um novo projeto de
vida. Foi isso o que o Antônio
Carlos fez", declarou Gobbi.
O ex-jogador usou a disputa
santista por uma vaga na Libertadores de 2008 para justificar
sua decisão de só anunciar sua
aposentadoria dos gramados
no fim do Brasileiro mesmo já
tendo acertado sua ida para a
diretoria do Corinthians.
Antônio Carlos disse ainda
que não teme ter sua imagem
arranhada por ter exercido dupla função em dois clubes diferentes e que, nesse período,
ainda não era remunerado pelo
Corinthians. "Sempre recebi
salários de só uma empresa."
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