São Paulo, segunda-feira, 06 de dezembro de 2010

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Conca se consagra como herói tricolor

FLUMINENSE
Argentino tem desempenho discreto na decisão, mas é reverenciado por companheiros de time


DO ENVIADO AO RIO
DO RIO


Mesmo com uma atuação discreta na decisão, o argentino Darío Conca foi ovacionado por todos os torcedores no Engenhão ontem.
Logo após o final da partida, o meia teve seu nome gritado pelos fãs e também pelos companheiros de time.
Em seguida, ele correu em direção aos torcedores e foi carregado pelos funcionários do clube no gramado.
Na arquibancada do Engenhão, torcedores pediam, em tom de ironia, a convocação do jogador para a seleção brasileira. ""Só posso agradecer ao Fluminense. Obrigado por tudo", declarou o meia de 27 anos, ao descer dos ombros de um fã pela terceira vez na noite de ontem.
Tímido e avesso a entrevistas fora de campo, o jogador foi o destaque da campanha tricolor. Além de ter alcançado uma marca histórica -foi o único jogador de linha que atuou nas 38 rodadas-, Conca teve atuação decisiva na maioria das apresentações.
"A torcida merece. Espero que o Fluminense seja muitas vezes campeão", afirmou o meia, pouco antes de beijar o escudo do time carioca.
"Ele é o melhor do Brasil e merece vestir a amarelinha. Daqui a pouco, o pessoal lá do Catar vai querer contratar o cara também", disse o paraense Mota Ferreira, 37, que chegou ao Rio na manhã de ontem para assistir à decisão.
Conca já jogou nas seleções de base da Argentina e não pode defender o Brasil.
O meia tem contrato até o final de 2011 com o Fluminense, que dobrou o seu salário no meio do ano -pulou de "modestos" R$ 140 mil para R$ 280 mil mensais.
É quase a metade do salário do atacante Fred, que ganha R$ 500 mil -valor que a diretoria não confirma.
O jogador argentino comemorou a conquista com a sua família, que desembarcou nesta semana no Rio. "Estava confiante no título. Por isso, trouxe todos", falou o jogador, que defenderá o time carioca na Libertadores.
A excelente participação de Conca no Brasileiro tem semelhanças com a conquista do Nacional de 1984 pelo Fluminense. Na ocasião, outro estrangeiro, o paraguaio Romerito, conduziu o time. O herói de 26 anos atrás assistiu ao último jogo de um camarote no Engenhão.
Logo após a decisão, a façanha de Conca foi celebrada na Argentina. O jogador foi o destaque no site do principal jornal esportivo do país, o "Olé", que fez uma enquete questionando se ele merece uma chance na seleção de seu país. O jornal chamou o meia de "Concampeão".
Apesar de festejado, o argentino começou a partida decisiva de forma discreta.
Mesmo sem ter repetido as boa atuações comuns ao longo do campeonato, o argentino foi o mais marcado e quase não tocou na bola durante o primeiro tempo. A atuação sem brilho do principal jogador da equipe tricolor deixou os torcedores ansiosos.
No segundo tempo, apesar de jogar mais ofensivamente, Conca não conseguia ter sucesso nas tabelas com os atacantes Fred e Emerson.
O jogador só assustava o Guarani nas bolas paradas. Com o gol de Emerson, aos 17min, o futebol do argentino apareceu. No final, ele terminou o jogo como capitão após a saída de Fred, já aos 22min da etapa final.
"Só resta dar os parabéns. Ele (Conca) foi espetacular. É muito difícil conseguir jogar todas as partidas do Brasileiro. O Conca foi demais", falou o meia Tartá, fora da decisão por estar suspenso.


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