da Reportagem Local

O polêmico gol do zagueiro Fábio Luciano, do Corinthians, anteontem, sobre o Raja Casablanca, poderia ter sido evitado pela Fifa.
Após o chute de Fábio Luciano, a bola tocou no travessão e bateu no chão da pequena área. O juiz italiano Stefano Braschi deu o gol, apesar de seu auxiliar não ter assinalado que a bola tinha ultrapassado a linha do gol.
A Fifa recebeu aval da International Board, entidade que regulamenta o futebol, para fazer experiências em suas competições a partir do segundo semestre de 99 com o ""olho eletrônico", equipamento que detectaria, em lances como o de anteontem, se a bola entrou ou não.
Historicamente, a Fifa é bastante avessa ao uso da tecnologia no futebol. Mas, especialmente após o gol do inglês Hurst na final da Copa de 1966, contra a Alemanha, em que a bola não entrou, a entidade tem sido mais cobrada nesse sentido.
No último ano, em vez de investir no uso da tecnologia, a Fifa preferiu liberar testes com dois juízes apitando uma mesma partida.
Além de não ter evitado um erro crasso em seu primeiro Mundial de Clubes, a Fifa não decidiu ainda se irá punir o árbitro italiano que cometeu o erro.
Até ontem, nenhuma medida tinha sido tomada contra Braschi, que estava cotado até para apitar a final.
""O árbitro se precipitou no lance ao dar o gol sem consultar seu auxiliar, que estava muito bem colocado", disse Vicente del Bosque, técnico do Real Madrid.
O saldo de gols poderá definir um finalista caso duas equipes terminem empatadas em pontos -hoje, Corinthians e Real Madrid têm dois gols de saldo, mas o time espanhol leva vantagem por ter marcado mais vezes.
Após o erro que o beneficiou na estréia, a ordem no Corinthians ontem era para que os jogadores explorassem os lances duvidosos.
""Na dúvida, vamos comemorar o gol para confundir todo mundo", disse o meia-atacante Marcelinho.
Fábio Luciano, que ganhou a vaga de titular com apenas um treino e um jogo, concorda: ""Meu instinto de comemorar rápido ajudou o Corinthians". (RBu e MS)


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