São Paulo, quinta, 7 de janeiro de 1999

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FUTEBOL
Em 1999, arqui-rivais paulistas podem se enfrentar em 20 oportunidades por seis competições diferentes
Veja Corinthians x Palmeiras, 20 vezes

PAULO COBOS
da Reportagem Local

Se em 1998 o principal rival do Palmeiras foi o Cruzeiro -os dois se enfrentaram em nove ocasiões, por três competições-, em 1999, o grande adversário palmeirense deverá ser o Corinthians.
Os dois times podem se encontrar em 20 oportunidades durante o ano, em seis torneios.
Só no primeiro semestre, Corinthians e Palmeiras, que estréiam na Libertadores jogando entre si, em 24 de fevereiro, estão sujeitos a se confrontar 11 vezes.
Pela Libertadores, a principal competição interclubes da América do Sul, as duas equipes podem se enfrentar quatro vezes.
Como estão no mesmo grupo, certamente jogarão duas. Caso classifiquem para as fases seguintes, terão de se encontrar, em jogos de ida e volta, novamente antes das finais, porque a decisão da competição não pode ser entre dois clubes do mesmo país.
Além de Corinthians e Palmeiras, que estão, na primeira fase, em chave com os paraguaios Olimpia e Cerro Porteño, o Vasco, campeão em 1998, é outro brasileiro com vaga assegurada.
Pelo Torneio Rio-São Paulo, os dois rivais paulistas podem se enfrentar duas vezes se ambos passarem da primeira fase.
Pelo Campeonato Paulista, certamente jogarão uma vez, pela segunda fase, e, se os dois se classificarem, mais duas.
Para completar, pela Copa do Brasil, podem se encontrar em outras duas ocasiões.
No segundo semestre, Corinthians e Palmeiras disputarão o Brasileiro e a Copa Mercosul.
Pelo primeiro torneio, podem jogar quatro vezes entre si -uma, com certeza, pela primeira fase, e mais três se caírem na mesma chave, a partir das oitavas-de-final, caso a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) mantenha o mesmo regulamento da edição 98.
Pelo segundo, há a possibilidade de se encontrarem em mais cinco oportunidades, mas apenas se os dois chegarem à final, como aconteceu no ano passado com Palmeiras e Cruzeiro.
Na temporada anterior, as equipes dirigidas por Luiz Felipe Scolari e Wanderley Luxemburgo enfrentaram-se em seis ocasiões -duas pelo Rio-São Paulo, duas pelo Paulista, uma pelo Torneio Maria Quitéria, disputado na Bahia, e outra pelo Brasileiro.
Até hoje, segundo as estatísticas dos dois clubes, eles já se enfrentaram pelo menos 282 vezes.
Para o atacante Paulo Nunes, do Palmeiras, o fato de o clássico contra o Corinthians poder ser o grande duelo de 1999 representa um estímulo a mais.
"É mais emocionante do que Palmeiras e Grêmio ou Palmeiras e Cruzeiro, porque a rivalidade entre as duas torcidas é maior."
Em 1995 e 1996, quando o atacante defendia o time gaúcho, o grande duelo do futebol brasileiro era entre Palmeiras e Grêmio.
Em 1998, passou a ser Palmeiras e Cruzeiro. As duas equipes disputaram as decisões da Copa do Brasil e da Mercosul, ambas vencidas pelos paulistas. No Brasileiro, porém, os mineiros conseguiram eliminá-los nas quartas-de-final.
Para o lateral-esquerdo Silvinho, do Corinthians, a importância do duelo já se faz presente. De acordo com ele, a torcida do Palmeiras só lotou o Parque Antarctica nas finais da Mercosul porque o time de Luxemburgo conquistara o Brasileiro contra o mesmo Cruzeiro.
"Para eles foi questão de honra. Não iriam querer perder de jeito nenhum de um time que tinha sido derrotado pela gente. A conquista do Corinthians aumentou a importância da final da Mercosul", comentou Silvinho.
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Colaborou João Carlos Assumpção, da Reportagem Local



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