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Vaias a Geninho criam saia justa entre Corinthians e patrocinador
DA REPORTAGEM LOCAL
As vaias destinadas ao técnico
Geninho, anteontem à noite, causaram uma ameaça de aumento
nos preços dos ingressos e deixaram a diretoria do Corinthians
numa saia justa diante da Nike,
um dos patrocinadores do clube.
O vice-presidente de futebol,
Antonio Roque Citadini, disse
que vai aumentar o preço dos bilhetes do setor das cadeiras do Pacaembu, nos jogos da Libertadores, para que os torcedores "paguem pelo peso de suas línguas".
Desse setor partiram gritos de
"burro" e "Parreira", em referência ao antecessor do atual técnico,
após Geninho substituir Liedson
por Fumagalli na vitória por 1 a 0,
sobre o Cruz Azul (México), na
estréia do time na Libertadores.
"Vou passar esses ingressos de
R$ 30 para R$ 40 ou R$ 50. Aí eles
vão pensar duas vezes antes de ir
ao estádio", afirmou Citadini.
Ele aproveitou a confusão para
provocar os rivais palmeirenses,
rebaixados para a segunda divisão do Nacional. "Se esses torcedores querem sofrer, que assistam aos jogos do Palmeiras."
No mesmo setor em que foram
disparadas as críticas a Geninho,
invicto em quatro jogos no comando do time, estava um grupo
levado pela Nike. "Se convidados
da Nike vaiaram, vou falar com a
empresa. Ela precisa ensiná-los a
torcer", declarou Citadini.
A patrocinadora levou 90 funcionários ao jogo. Segundo Cátia
Gianone, gerente de comunicação
da Nike do Brasil, a empresa comprou os bilhetes. "A vaia não foi
dos nossos funcionários", disse.
Citadini afirmou que pode reduzir de R$ 15 para R$ 10 o preço
dos bilhetes do tobogã. Seria um
prêmio aos que apoiaram o time.
Porém o dirigente não falou em
desconto para a arquibancada,
onde fica a Gaviões da Fiel, que
abafou o protesto contra Geninho, incentivando a equipe. A organizada critica Citadini.
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