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Justiça investiga
crédito dado à federação de MG
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é só para clubes que a
FPF costuma fazer empréstimos. Um dos mais notórios e
que mais dor de cabeça tem dado para Eduardo José Farah foi
o dado à FMF (Federação Mineira de Futebol).
Em 1997, a entidade paulista
emprestou R$ 1,5 milhão para a
FMF, numa operação que até
hoje não está bem explicada e
que foi alvo de investigações
das CPIs no Congresso.
Desde então, Elmer Guilherme, presidente da federação
mineira, tem dado uma série de
declarações contraditórias sobre o negócio com a FPF.
Em uma delas disse que a
FMF ficou de devolver o dinheiro aos paulistas com juros
de 2,5% ao mês. Em outra, que
não haveria cobrança de juros e
que se tratava de um negócio
de co-irmãos, apesar de prejudicial, neste caso, ao futebol
paulista e não ao mineiro.
Paulo Machado, delegado da
área fazendária da Superintendência da PF em Minas Gerais,
lembra que entidades como a
FPF não poderiam fazer empréstimos com juros -seus dirigentes correriam o risco de
responder por crimes contra o
Sistema Financeiro Nacional- e que houve, na verdade,
uma operação triangular, da
qual teria tomado parte também a CBF.
Como os mineiros não pagaram a dívida de R$ 1,5 milhão
aos paulistas, a Confederação
Brasileira de Futebol teria assumido, sem maiores explicações, o ônus de quitá-la.
Apesar de a Justiça já ter determinado o afastamento imediato de Elmer Guilherme da
presidência da FMF, ele, Farah
e Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, continuam na mira
da Polícia Federal.
Ela acredita que, no caso do
empréstimo dos paulistas aos
mineiros, FPF, FMF e CBF podem estar envolvidos numa remessa ilegal de divisas ao exterior na ordem de US$ 3,5 milhões. A CBF nega participação
na remessa investigada pela PF
e diz que quando empresta dinheiro a clubes e federações jamais cobra juros.
(JCA)
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