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análise
Só resta dizer: a CBF e o Rei têm tudo a ver
JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA
Edson Arantes do Nascimento, outra vez, fez
acordo com Ricardo Terra
Teixeira.
Sorte do Brasil, da Copa
do Mundo de 2014 no Brasil. E azar do Pelé.
Sim, porque, se é mais
que obrigatório que a imagem de Pelé seja a imagem
da Copa do Mundo no
Brasil, como foi a de
Michel Platini na França,
em 1998, e a de Franz
Beckenbauer na Alemanha, dois anos atrás, é
também mais que compreensível que o Rei do futebol ceda aos encantos do
presidente da CBF.
A menos, é claro, que haja divergências insanáveis
entre ambos, como houve
durante tanto tempo, motivo até de ações judiciais
por parte do cartola.
É verdade que depois
disso ambos se acertaram
no malfadado "Pacto da
Bola", em 2001, que só
prejuízos trouxe ao nosso
futebol e jamais mereceu
um pedido de desculpas
por parte de Pelé, como
prometera caso a coisa
não desse certo.
Mas, recentemente, Pelé revelou que Teixeira
havia lhe oferecido R$ 350
mil mensais para ser o
embaixador da Copa do
Mundo e ele recusara, entre outras coisas porque o
cartola impingira-lhe a
presença de seu ex-sócio
Hélio Viana.
Até tamanho constrangimento, como se vê, foi
superado.
E Teixeira, para quem a
corrupção é algo "incontrolável" segundo ele mesmo afirmou ao jornal
"O Globo", ainda se saiu
melhor quando foi flagrado no almoço com o ex-craque, ao dizer que seus
problemas com Pelé "são
coisas do passado", diferentemente do próprio
Pelé que preferiu atribui-los à "imprensa".
Enfim, arestas aparadas,
passado esquecido, negócio fechado, só resta di-zer, sem rancor, só com
dor: Teixeira e Pelé? Tudo
a ver!
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