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Em alta, Santos celebra estouro na bilheteria
Liderança e espetáculos fazem arrecadação subir 114,2% em relação a 2009
Líder, que pega Portuguesa no Canindé, é, entre os 4 grandes, o que mais viu crescer renda e público nas partidas como mandante
LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
A troca no comando, a chegada de Robinho, a nova geração
de craques e o futebol leve que
o Santos tem mostrado neste
Campeonato Paulista já rendem mais do que a liderança
isolada, a sequência de vitórias
e a atenção de todo o país.
O Santos de 2010, que hoje
enfrenta a Portuguesa, às 17h,
no Canindé, começa a colher ricos frutos no Estadual.
Levantamento da Folha
mostra que, até a 12ª rodada, o
Santos foi o clube que mais aumentou seu público e sua renda em jogos como mandante
em relação aos rivais Corinthians, São Paulo e Palmeiras.
A comparação é com as mesmas 12 primeiras rodadas do
campeonato passado. A média
de público do time do litoral
sul, que tenta hoje alcançar a
marca de dez vitórias seguidas
na competição, subiu 29,7%
em jogos como mandante. Já a
renda cresceu 114,2%.
O Corinthians é o que mais
chega perto dessa marca. Já
São Paulo e Palmeiras têm desempenhos pífios e queda
acentuada em renda e público.
Os números são um reflexo
puro de como os quatro grandes têm encarado o Estadual.
São-paulinos e corintianos
só têm olhos para a Libertadores. Usam o Paulista como preparação, testando jogadores e
lançando mão de equipes mistas. O Palmeiras prioriza a Copa do Brasil e se vê em meio a
uma crise, com troca de treinador, vaias da torcida e uma colocação medíocre -iniciou a
rodada em décimo lugar. Pelo
discurso dos jogadores, a equipe já pensa no Brasileiro.
Já o Santos trata o Paulista
com a mesma prioridade da
Copa do Brasil. Desde que assumiu, em dezembro, o presidente Luis Alvaro de Oliveira
Ribeiro disse que sua intenção
era conquistar as duas competições no primeiro semestre.
O técnico Dorival Jr. acatou
a ordem. Em 13 jogos, não fez
rodízio de jogadores nem poupou atletas. Mesmo muito próximo de uma classificação antecipada para as semifinais, o
treinador prometeu que manterá o time titular até o final.
Mais do que o lucro proveniente das bilheterias, o Paulista também serviu para recolocar o Santos na vitrine.
Graças à exposição da nova
geração dos Meninos da Vila,
coroada com a chegada de Robinho, o Santos acertou patrocinador para suas mangas por
R$ 4 milhões anuais -90% do
que recebia em 2009 por anúncios em todo o uniforme. Agora, caminha para angariar mais
R$ 15 milhões anuais com propaganda no peito e nas costas.
O Estadual ainda destacou
de vez o atacante Neymar e o
meia Paulo Henrique Ganso,
que passaram de promessas,
em 2009, para realidades neste
ano. Ícones na equipe, as multas rescisórias de seus contratos, somadas, chegam a aproximadamente R$ 194 milhões.
"O Santos é o time do momento e me faz lembrar aquele
time da década de 60. Entramos em 2010 com muita seriedade para vencer os dois campeonatos, sem prioridades",
declarou o empolgado presidente santista, que compara o
grupo com o Cirque du Soleil.
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