ALEXANDRE GIMENEZ
da Reportagem Local

e FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

O confronto de dois estilos opostos faz o São Paulo entrar em campo hoje, para enfrentar o Santos, expondo atrito entre os jogadores da equipe. A partida, às 20h30, no estádio da Vila Belmiro, em Santos, marca a estréia das equipes no Campeonato Paulista.
Os problemas se intensificaram após o vice-campeonato do Rio-São Paulo. Os atletas contratados recentemente reclamaram da ansiedade do time, que perde lances fáceis, exagera na velocidade e não valoriza a posse de bola.
O principal crítico tem sido o zagueiro Márcio Santos. "Quando você tem as bolas nos pés, manda no jogo", afirma.
O meia Carlos Miguel concorda com o companheiro. "Estamos nos afobando um pouco nos jogos e entregando as bolas para os adversários", disse o atleta.
Os mais novos não estão aceitando bem as críticas.
"O São Paulo sempre será um time veloz. Não somos nós que temos que nos adaptar. Eles é que precisam se entrosar conosco", afirmou o atacante Dodô.
O técnico Nelsinho Batista afirma que não existe nenhum problema interno no grupo. "Não vejo uma divisão. O Carlos Miguel, por exemplo, chegou agora e foi muito bem recebido. Já está integrado", afirmou.
Santos
Enquanto o rival repete pela primeira vez uma escalação desde que Nelsinho assumiu o time, o entrosamento adquirido pela estabilidade na equipe é a grande vantagem do Santos do técnico Leão.
Nos 11 jogos que disputou neste ano, a escalação só sofreu modificações em três posições: centroavante, meia-direita e volante. Nas outras oito, os jogadores titulares foram os mesmos em todas as partidas, desde o primeiro jogo do ano, em 20 de janeiro.
"O time já está junto há um ano. Isso é importante porque a base foi mantida. O entrosamento está muito bom", disse Muller.
O técnico Leão vê progressos na equipe, mas afirma que, apesar do entrosamento, o time ainda está "aprendendo" a jogar de acordo com o que ele pretende.



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